Governo investe 26,6 milhões de dólares na ampliação da EN4
O Ministro das Obras Públicas, habitação, e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, lançou ontem, no município da Matola, as obras de reabilitação e ampliação da Secção 17 da Estrada Nacional Número 4 (EN4) numa extensão de cerca de 10 km, entre o cruzamento de Novare e o Nó de Tchumene.
As obras, que serão executadas ao longo de 12 meses, estão orçadas em 1,7 mil milhões de meticais (cerca de 26,6 milhões de dólares). O investimento resulta de fundos provenientes da exploração própria da infra-estrutura.
“É, inequivocamente, uma demonstração da transparência da gestão dos nossos recursos e confirmação na nossa afirmação de que as receitas provenientes do uso de estradas devem ter também e como prioridade a construção, manutenção e expansão das nossas estradas”, disse o ministro.
Mesquita destacou, como exemplo, a parceria com a TRAC, concessionária da N4, estrada que liga o Porto de Maputo à região de Witbank, na África do Sul, demonstra que uma cooperação bem estruturada resulta na qualidade e funcionalidade das estradas.
“Por isso, o Ministério das Obras Públicas vai continuar a dinamizar este processo de concessão de estradas”, disse.
Frisou que “queremos continuar a encorajar o sector privado para apostar neste tipo de parcerias que resultam, sem dúvidas, em vantagens mútuas e que contribuem para o melhoramento da rede viária do país”.
O ministro também manifestou a sua profunda indignação com a vandalização dos sinais. “Por isso, pede o apoio da população para combater este mal. Explicou que os sinais servem para alertar os motoristas sobre as condições da via e, por isso, a sua remoção ou vandalização pode ter efeitos catastróficos”.
Sobre as obras na N4, explicou que têm como objectivo melhorar a transitabilidade e reduzir o tempo de viagem sobretudo no cruzamento de Malhampsene que tem sido um verdadeiro nó de estrangulamento.
Circulam ao longo da N4 inúmeras viaturas, durante o dia e noite, que transportam pessoas para os locais de trabalho e lazer, bem como mercadorias para os portos marítimos e internacionais assim como para o interland.
Portanto, disse Mesquita, “é uma via com um condão económico bastante forte”.
Referiu que o governo está ciente que o país é longo e extenso mas, mesmo assim, continua comprometido com os recursos que vai mobilizando através do Orçamento do Estado e dos parceiros de cooperação para continuar a fazer o seu melhor para a construção, reabilitação e manutenção das estradas.
Já a secretária de Estado na província de Maputo, Vitória Diogo, exprimiu a sua satisfação com o arranque das obras que vão melhorar a transitabilidade na via.
Disse que o governo está ciente do grande congestionamento que se regista diariamente fruto do desenvolvimento pois, além de ser usada por viaturas particulares, a N4 é corredor para o escoamento de carga de vária natureza, incluindo minérios.
Manifestar preocupação com a circulação de camiões de grande tonelagem sem a observância dos limites de carga facto que contribui para a rápida degradação da via.
A degradação da Estrada Nacional Número dois (N2), que estabelece a ligação entre o Município da Matola, e os distritos de Boane e Namaacha e o vizinho Reino de Eswatini também preocupa sobremaneira a Secretária de Estado.