Manifestações em Moçambique forçam África do Sul a desviar tráfego pela Eswatini
A Autoridade de Gestão de Fronteiras da África do Sul (BMA, na sigla em inglês) decidiu desviar viajantes para a fronteira da Eswatini, localizada a 50 quilómetros de Lebombo, devido às manifestações em curso em Moçambique. A porta-voz da BMA, Mmemme Mogotsi, afirmou que a medida visa garantir a segurança dos viajantes enquanto persistem as manifestações.
“Assim que a situação estabilizar, redirecionaremos o tráfego pelo porto de entrada de Lebombo”, disse Mogotsi em entrevista à SABC. Ela acrescentou que a reabertura plena da fronteira dependerá de informações do governo moçambicano, destacando a existência de um “ressurgimento da violência” na região.
Por sua vez, David Frost, CEO da Associação Sul-Africana de Turismo (SATSA), expressou preocupação com os relatos de novos protestos previstos entre 13 e 15 de Novembro. “O fim de semana trouxe uma estabilidade bem-vinda, e a travessia de Lebombo está operacional, mas há sinais de novos protestos”, afirmou Frost.
As manifestações em Moçambique, motivadas pela contestação dos resultados eleitorais, já resultaram em dezenas vítimas mortais. A instabilidade levou ao encerramento temporário da fronteira de Lebombo, que é a principal ligação terrestre entre Moçambique e África do Sul, afectando o fluxo de turistas e adiando viagens previamente agendadas.