Professores ameaçam não dar aulas em turmas com alunos acima da média
Os professores do Sistema Nacional de Educação dizem-se cansados de trabalhar com turmas superlotadas e, por isso, este ano não vão dar aulas em uma turma com mais de 100 alunos.
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A decisão dos professores foi anunciada na manhã de hoje, no decurso de uma marcha que a classe realiza para exigir a eliminação de turmas ao relento, pagamento de subsídio de horas extras (em dívida), para além, claro, da redução do número de alunos por turma.
Empunhando panfletos e entoando cânticos, numa marcha que iniciou na estátua Eduardo Mondlane, na cidade de Maputo, e que vai até ao jardim dos professores, a classe exige melhores condições de trabalho em todas as escolas espalhadas por todo o país.
“Caso neste ano lectivo tenhamos turmas com mais de 100 alunos, faremos questão de dividir a lista e o Governo vai decidir o que fazer com a outra parte”, ameaçam os professores.
O pagamento do subsídio de horas extraordinárias, no entanto, é também um dos principais pontos de reivindicação, uma vez que, segundo contaram, apenas professores de três escolas é que se beneficiaram, depois da promessa feita pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
Os professores falam também da obrigatoriedade a que têm sido submetidos de promover passagens automáticas de alunos, mesmo sem aproveitamento pedagógico necessário.