Governo diz que quer tirar treze milhões de pessoas em situação de pobreza em dezanove anos
O Governo de Moçambique pretende tirar cerca de 13 milhões de moçambicanos que se encontram em situação de pobreza, que actulamente situa-se em cerca de 21 milhões, em 19 anos.
Segundo a Estratégia Nacional de Desenvolvimento (ENDE), em termos percentuais, a meta de redução equivale reduzir até menos de 30% até 2043.
"No que diz respeito aos aspectos sociais, Moçambique enfrenta desafios significativos como o acesso aos serviços básicos, pobreza, desigualdades e vulnerabilidade a choques e crises. A taxa de pobreza de 68,2% ainda é alta, com grande parte da população a viver abaixo da linha de pobreza", lê-se no documento que define políticas e metas para o período de 2024 a 2043.
O documento sublinha ainda que em 2003 a taxa de pobreza era de 52,8% em Moçambique, reduziu para 51,7% em 2009 e para 46,1% em 2015, mas aumentou para 68,2% em 2020 e 2022, numa base de 31,6 milhões de habitantes (mais de 21 milhões de pessoas)”, acrescenta o documento.
"O acesso à educação, saúde e serviços básicos é limitado, especialmente nas áreas rurais. A desigualdade de renda também persiste como um desafio, afetando negativamente a coesão social", indicou.
O documento define a meta de atingir até 2035 uma taxa de proporção da população que vive abaixo da linha da pobreza nacional de 37,8%, reduzindo em 2043, no final do programa, para 27,9% de uma população base estimada de 47 milhões de pessoas, equivalente assim a pouco mais de 13 milhões de habitantes em situação de pobreza.
Para esta evolução, a ENDE apresenta uma previsão de evolução do Produto Interno Bruto (PIB) 'per capita' de 605,9 dólares em 2022 para mais de 3.309 dólares em 2043, já com o retorno dos projetos de extração de gás natural, actualmente em face de arranque.
O documento define o objetivo de "redução significativa da pobreza e das desigualdades sociais" em Moçambique naquele período.
