Chapo: "Serei presidente de todos os moçambicanos e estenderei a mão ao diálogo"

Durante o seu discurso, Chapo repudiou as manifestações convocadas por Venâncio Mondlane, candidato apoiado pelo partido PODEMOS e segundo mais votado nas eleições de 9 de Outubro. Embora criticando os protestos, Chapo estendeu um convite ao diálogo, afirmando: "Vou ser Presidente de todos os moçambicanos. Vamos constituir um governo dialogante, incluindo com aqueles que estão a manifestar. Não é com manifestações na rua que vamos desenvolver Moçambique."

Chapo destacou que, durante o processo eleitoral, tirou várias lições, tanto positivas quanto negativas, e comprometeu-se a dar o seu melhor para todos os cidadãos, independentemente da sua origem, filiação política, religiosa, ou outras diferenças. "Iremos trabalhar para todos os moçambicanos, para que tenhamos as mesmas oportunidades, em qualquer lugar onde nos encontremos," assegurou.

O novo Presidente reiterou vigorosamente o seu repúdio pelos assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe, figuras ligadas à oposição, bem como por outros actos de violência ocorridos no ambiente tenso do pós-eleições. Apelou às autoridades de justiça e investigação para agirem rapidamente, garantindo que os culpados sejam levados à justiça. "Não é este o país que queremos para os nossos filhos, netos e gerações futuras. A Frelimo é um partido de paz, de unidade nacional, que defende a soberania de Moçambique. Sem paz e segurança, não há desenvolvimento," vincou Chapo.

Agradecendo aos moçambicanos pela confiança, Chapo expressou a sua gratidão aos membros da Frelimo pelo apoio que permitiu a vitória nas eleições. "Quem ganhou estas eleições foi a máquina da Frelimo, foram os camaradas," disse, destacando o trabalho árduo que levou à conquista.

Filipe Nyusi, Presidente do partido Frelimo e da República, também participou da cerimónia de anúncio dos resultados e afirmou que a vitória do partido foi resultado do esforço e dedicação de todos os seus membros.