"Divide et impera": Quem lucra com a nossa autodestruição?
Caros compatriotas, hoje, Moçambique encontra-se num ponto crítico da sua história. Somos uma nação abençoada com recursos naturais, uma cultura vibrante e um povo resiliente. No entanto, enfrentamos desafios que ameaçam a nossa integridade e o nosso futuro comum. Divisões internas, fomentadas por interesses obscuros, corroem o tecido da nossa sociedade. Não podemos permitir que forças externas e internas usem a antiga estratégia de "Divide et impera" para nos subjugar e controlar. Júlio César pode ter imortalizado esta táctica, mas a sua relevância e perigo persistem até aos nossos dias. Perguntemo-nos: quem se beneficia deste caos?
Reflectindo sobre a nossa situação actual, é evidente que nenhum moçambicano deseja a destruição desta terra abençoada. Este é o nosso lar, o lugar onde nascemos e onde pretendemos ser sepultados. Temos um dever sagrado de construir e preservar esta nação para as gerações vindouras. No entanto, estamos a ser manipulados, incitados a lutar uns contra os outros enquanto os verdadeiros culpados se escondem nas sombras, colhendo os frutos da nossa desunião.
As crises que enfrentamos nos sectores mais vitais — educação, saúde, justiça e segurança — são apenas sintomas de um problema maior. As falhas nos livros escolares, a falta de água e energia nas escolas, a revolta dos professores, médicos e guardiões da justiça (magistrados judiciais e do ministério público) são apenas alguns dos sintomas de um problema maior. Nas vésperas das eleições legislativas e presidenciais, testemunhamos a rejeição de candidaturas de partidos e coligações por supostas irregularidades, exacerbando ainda mais a nossa divisão.
Simultaneamente, notícias de fora indicam que a província mais rica do nosso país está a ser negociada por forças externas. Um compatriota nosso enfrenta julgamento em terras estrangeiras por um crime que lesou o nosso país, e os verdadeiros interesses desses julgadores permanecem obscuros, duvido que seja pela nossa justiça! Os nossos irmãos, que antes da descoberta dos recursos naturais viviam em paz, hoje são vítimas de uma violência desumana, mortos por um terrorismo cujas razões nunca foram reveladas.
Estes eventos não são meras coincidências; são parte de um plano mais vasto para nos enfraquecer e dividir.
Patriotas, é hora de acordarmos desta hipnose colectiva. A história está repleta de exemplos de nações com grande potencial que foram destruídas por crises internas fomentadas por influências externas. Moçambique não deve seguir este caminho. Devemos unir-nos, focar no bem maior e rejeitar a manipulação que visa a nossa autodestruição.
As eleições que se avizinham são uma oportunidade crucial para reafirmar a nossa soberania. Devemos garantir que este processo seja uma verdadeira celebração da democracia, onde cada voto conta e a vontade do povo prevalece. Só assim, com a colaboração de todas as forças vivas da nossa sociedade, poderemos construir um futuro próspero.
Após as eleições, é imperativo que nos concentremos em reconstruir Moçambique, sempre guiados pelos interesses dos moçambicanos. Não permitamos que nos dividam. Não deixemos que nos usem contra nós mesmos. Moçambique é nosso, e somente unidos podemos salvá-lo e fazê-lo prosperar para as gerações vindouras.
Meus compatriotas, precisamos de líderes com idoneidade e sabedoria, capazes de transcender as cores partidárias e os interesses pessoais, guiando-nos rumo à reconciliação e à união. A paz, a reconciliação e a união deste maravilhoso e pacífico povo não têm preço, e as leis devem proteger este bem supremo e não ao contrário.
Chegou o momento de uma nova revolução, uma revolução de consciência e unidade. Ergamo-nos juntos, como um só povo, e lutemos pelo futuro do nosso Moçambique. Que esta epopeia de união e reconstrução ressoe através dos tempos e inspire as gerações futuras a nunca desistirem da sua pátria.
Que a chama da esperança e do patriotismo arda em cada coração moçambicano. É hora de nos unirmos e salvarmos Moçambique para que possamos legar um futuro brilhante e próspero aos nossos descendentes.