Dois "jovens", dois candidatos, um Moçambique em jogo

Por um lado temos um Venâncio que, tendo granjeado simpatia das massas, com destaque para a juventude, sente que reúne popularidade suficiente para entrar na corrida eleitoral pela presidência de Moçambique.

ScSc
Junho 5, 2024 - 11:16
Junho 5, 2024 - 12:25
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Dois "jovens", dois candidatos, um Moçambique em jogo

Por outro, existe um Daniel Chapo que surge de surpresa e para espanto de todos como a aposta da Frelimo, eleito num encontro que um membro do Comitê Central chamou de “parto dificil”.

São dois jovens que vão concorrer para as eleições gerais de Outubro próximo. Chapo foi uma aposta feita às cegas, pois, na altura, nenhum partido ainda tinha anunciado o seu candidato, apesar de que algumas vozes da Renamo já tinha expressado, abertamente, a sua vontade de concorrer.

Volvidos alguns dias, o Congresso da Renamo, partido que não acolheria Venâncio Mondlane desde 2021, deixou claro que Mondlane não era o favorito para concorrer às presidências, preferindo, assim, reeleger Ossufo Momade, líder que dirige o parto desde a morte de Afonso Dhlakama.

Para já, dois candidatos, dois "jovens" (Daniel Chapo e Venâncio Mondlane), vão submeter suas candidaturas ao Conselho Constitucional (CC) hoje e amanhã, respectivamente.

Dos dois, Chapo conta, evidentemente, com a máquina política montada pela Frelimo, incluindo as brigadas de mobilização que já estão a operar ao nível das províncias, mas não dispõe, ainda, de uma popularidade comparável à do seu possível adversário político, Venâncio Mondlane.

Enquanto isso, Venâncio Mondlane, que renunciou recentemente como membro da Renamo,  é um candidato que, apesar de não dispor de uma máquina eleitoral já apresentada, conta com um apoio da juventude considerável, pelo menos ao nível da zona sul do país.

Aliás, graças a estes apoios, conseguiu reunir as cerca de 10 mil assinaturas exigidas pelo CC para a submissão da sua candidatura à presidência da república.  

Para os moçambicanos, há-de ser, naturalmente, um momento que exija, acima de tudo, franqueza e verticalidade para escolher aquele que, independente do partido político, seja capaz de levar avante o projecto de um Moçambique unido e que, sobretudo, tenha olhos postos nos desafios do país.