Município diz que a lixeira Hulene ainda tem espaço para receber lixo por muito mais tempo
Apesar das inúmeras quantidades de lixo espalhadas um pouco por toda a cidade de Maputo, o Município diz que a lixeira de Hulene, a maior ao nível da capital do país, ainda tem espaço suficiente para receber lixo, mas reconhece haver dificuldades de acesso.
A garantia é do Director Municipal de Ambiente e Salubridade na cidade de Maputo, Sérgio Manhique, citado pela estação pública de televisão, sobre a gestão dos resíduos sólidos naquela lixeira que já ameaçam invadir a avenida Julius Nyerere.
Manhique disse que o problema, para já, é a dificuldade de acessar a este espaço ainda disponível para ser usado, uma área que, segundo apurado pela Torre, pode compreender cerca de dois campos de futebol.
“O grande problema é como chegar lá, mas o que estamos a fazer é preparar os acessos para lá. Mas ainda temos espaço para a deposição de lixo. Mas quando chove há grande acumulação das águas de chuva”, disse a fonte.
Sobre o encerramento da lixeira, Manhique diz que não há datas, mas já decorrem estudos em Catembe para a construção de um novo aterro sanitário.
O Ambientalista Rui Silva, ouvido pela Torre, reconhece que a situação do lixo no país é deveras complicada, sendo que para a cidade de Maputo, sublinha que a situção prende-se exactamente com a lixeira de Hulene.
Para além da cidade de Maputo, o ambientalista considera também excessiva e preocupante a situação de lixo noutras grandes cidades, como o caso da cidade de Nampula.
Na semana finda, e conforme a Torre noticiou, o Presidente da República comentou o assunto e disse que a culpa não é do município pelo excesso de lixo nas cidades, mas sim dos próprios utentes.
Ainda assim, não deixa de causar estranheza o facto de os municípios não conseguirem um plano concreto e preciso para a recolha de lixo, numa altura em que os edis municipais cumprem os últimos dias dos seus mandatos.