Chapo consistente no manifesto eleitoral e com foco em prioridades locais

Com uma agenda apertada, o candidato conseguiu completar 10 distritos em quatro dias, designadamente, Mutarara, Tsangano, Angónia, Macanga, Marávia, Cahora Bassa, Magoe, Chifunde, Changara e cidade de Tete, tendo consolidado a sua mensagem assente na paz e segurança, investimento no capital humano, transformação económica do país através da criação de emprego e mecanização agrícola, combate a corrupção e investimento em infra-estruturas.

Fora as linhas de força do manifesto, Chapo partilhou em Tete, planos concretos para cada região, em função das constatações de problemas e inquietações locais, olhando para a diversidade cultural, ética e as características específicas de cada ponto por si escalado apresentado.

No rol das preocupações dos distritos, o denominador comum tem a ver com o desemprego para jovens, matéria que mereceu uma especial atenção do candidato, apresentando soluções concretas para ultrapassar o problema no próximo mandato.

Para Chapo, a solução para o elevado índice do desemprego no seio da juventude em Tete, só pode ser ultrapassada com investimento no sector agrário numa região com condições favoráveis à prática de agricultura mecanizada e mais virada para a produção de excedentes.

Prometeu revitalizar o sector em alusão, atraindo indústrias para operarem em distritos específicos como Tsangano, Macanga, Angónia, Marávia, entre outros. A partir disso, pretende criar linhas de financiamento para iniciativas geradoras de renda, com créditos flexíveis com juros bonificados.

“Queremos trazer armas para operarem no distrito. Há potencial para a prática da agricultura e os jovens e essas formas podem aumentar a produção e produtividade e por via disso criar-se mais postos de trabalho para os jovens. Isso é possível, fizemos isso em Inhambane”, disse Chapo em Tsangano.

E sobre a corrupção, em todos os distritos, vincou a mensagem de que vai pautar por uma governação assente no combate a corrupção na gestão da coisa pública, apontando o fenómeno como um mal que atrasa o desenvolvimento do país, porque os recursos que deveriam beneficiar aos moçambicanos, são abocanhados por um punhado, por via de esquemas de corrupção.

Salientou que o combate à corrupção irá permitir reforçar a capacidade do Estado de fornecer serviços básicos às populações e encorajar o investimento local e estrangeiro.

“A corrupção é um mal a ser combatido com veemência e responsabilizar os corruptos. A corrupção faz com que os ricos fiquem mais ricos e os pobres mais pobres e nós queremos acabar com isso”, disse Chapo, nos distritos de Mutarara, Tsangano e Angónia, no dia 28 de Agosto, seu primeiro dia de trabalho em Tete.

No seu segundo dia em Tete, 29 de Agosto, concretamente no Posto Administrativo de Furancungo, em Macanga, Chapo apresentou um leque de promessas para a melhoria de vida das populações, uma abordagem que foi ao encontro com os desafios enfrentados pelas populações de Furancungo e Chirdzolomondo, por sinal, os Postos Administrativos mais populosos do distrito de Macanga.

Neste ponto do país, o candidato para além da abordagem geral sobre principais linhas que cozem o manifesto da Frelimo e do próprio candidato, foi mais incisivo em relação à intervenção que se propõe a fazer em Macanga caso seja eleito.

“Nós sabemos que, aqui em Macanga vocês querem mais sistemas de abastecimento de água, subsídio para idosos, construção da estrada Domue-Taca. Sabemos que essa estrada é importante para o desenvolvimento local. Também sei que vocês pedem mais redes de telefones móveis. Isso tudo a FRELIMO vai resolver”, prometeu Chapo.

No terceiro dia, Chapo foi Chifunde e Maravia e centrou-se na mensagem sobre a paz, como factor determinante para o desenvolvimento do país, tendo prometido em Chifunde prometido uma estrada que liga Luia, em Chifunde, que Zumbo, pesando pelo distrito de Marávia.

Falando concretamente dos desafios locais, Chapo prometeu construir estrada Pende-Mucumbuia, de cerca de 30 quilómetros, infra-estrutura que constitui uma das maiores preocupações das comunidades locais, bem como a construção da ponte sobre o Rio Mussengueze, que liga o Posto administrativo de Mucumbuia com a localidade de Chipompo.

Na sexta-feira (30), o candidato da Frelimo trabalhou nos distritos de Changara, Magoe e Cahora Bassa, tendo assegurado em Changara que conhecesse a preocupação da comunidade local ligada a eletrificação, sobretudo na região de Chipompo, garantindo que já há acções em curso no sentido de levar a rede elétrica para aquele ponto do país, e desta forma contribuir para o desenvolvimento local. 

“Nós da Frelimo sabemos as preocupações do nosso povo. Também sabemos que precisam da rede elétrica aqui. Sabemos que precisam de pontes e estradas e nós vamos trazer isso”, disse.

Ainda na sexta-feira, Chapo trabalhou nos distritos de Machanga e Cahora Bassa, em Chitima, onde pediu confiança dos eleitores apelando ao voto para si e seu partido FRELIMO no escrutínio de outubro próximo. Ainda em Changara falou do conflito homem-animal em Magoe, afiançando que há discussões em curso com a administração do Parque de Magoe, com vista a encontrar solução para a problemática.

“sabemos que os elefantes invadem as machambas, os crocodilos e hipopótamos andam a invadir as culturas. Queremos aumentar a água potável e aumentar as salas de água em Mucumbuia”, disse.

Ainda na sexta-feira, Chapo trabalhou no distrito de Machanga, onde o candidato encerrou as actividades diárias, prometendo apetrechar o serviço de radiologia no centro de saúde local.Também prometeu alargar o acesso à água potável para as populações, através da abertura de mais furos de águas.

Fechou sua campanha eleitoral hoje na cidade de Tete, orientando um comício popular. 

O candidato segue viagem à central provincial de Manica, onde inicia trabalho (amanhã) domingo.