Polícia retoma controlo de álcool nas estradas

A Polícia da República de Moçambique (PRM) vai retomar a utilização do alcoolímetro para controlar o consumo de álcool pelos automobilistas nas estradas do país.

Julho 26, 2022 - 16:03
Julho 26, 2022 - 18:22
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A medida visa reforçar a prevenção dos acidentes de viação que nos últimos dias tem resultado em elevado número de vítimas humanas e danos avultados no património público, privado e nas famílias.


No entanto, a operação deverá respeitar o protocolo contra a Covid-19.

A retoma de uso do bafómetro pela polícia acontece dois anos depois da sua interrupção como forma de conter a onda de propagação da pandemia da Covid-19 no país, no quadro das restrições impostas pelo Governo.

A informação consta de uma nota do Comando Geral da Polícia que faz o levantamento da instrução que suspende o uso de alcoolímetros para actividade de controlo de álcool nos automobilistas.


A circular exorta a corporação para intensificar palestras nas igrejas, terminais de transportes público de passageiros e em todos os locais de maior aglomeração de pessoas.


A PRM tomou a decisão 24 horas depois do Presidente da República, Filipe Nyusi, ter repudiado publicamente a onda de acidentes no país que tem provocado danos incalculáveis as vítimas e suas famílias, provocados por condução sob efeito de álcool e falta de respeito as regras básicas e elementares de condução na via pública, plasmadas no código de estrada.


O estadista moçambicano afirmou que os acidentes de viação causam um efeito perverso ao tecido económico e social, pois pessoas envolvidas, parte considerável jovens e adultos, são o motor do desenvolvimento do país.


Dados oficiais indicam que o país registou nos últimos cinco anos cerca de 11 mil acidentes de viação que resultaram em muitos óbitos e feridos, a maioria crianças.

O Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique considerou há dias “inaceitável” a elevada onda de sinistralidade rodoviária no país, prometendo anunciar nos próximos dias o reforço de medidas de prevenção de desastres.


Através de um comunicado, o sector dos transportes vincou que “os prevaricadores deverão ser responsabilizados” porque o país não pode continuar a assistir passivamente os acidentes.