Segundo programa do Millennium Challenge Corporation arranca em breve
A Comissão Executiva do Millennium Challenge Corporation (MCC), dos Estados Unidos da América, prevê para breve o início da implementação do Programa Compacto II, num investimento de 500 milhões de dólares norte-americanos em projectos de desenvolvimento nos próximos cinco anos em Moçambique.
A garantia foi dada quinta-feira (13.04), em Washington, Estados Unidos da América, pela presidente da Comissão Executiva do MCC, Alice Albright, numa reunião com o ministro moçambicano da Economia e Finanças, Max Tonela, no âmbito das reuniões de Primavera do FMI e Banco Mundial, a decorrerem até domingo.
Segundo ela, após uma decisão final em que a sua comissão irá submeter uma recomendação de aprovação ao Conselho de Administração do MCC, até ao dia 28 de Junho próximo, seguir-se-á o estabelecimento da data do arranque da implementação dos projectos.
Em declarações ao “Notícias”, à margem da reunião, o director residente do MCC, em Moçambique, Kenneth Miller, explicou que do montante previsto para o programa, cerca de 300 milhões de dólares serão aplicados no sector de transportes e infra-estruturas.
Kenneth Miller disse que é na ponte sobre o rio Licungo, em Mocuba, na província central da Zambézia, onde o investimento será mais impactante.
“Também temos várias estradas secundárias e o Governo está a fazer um forte compromisso para aumentar o orçamento para o Fundo de Estradas e Administração Nacional de Estradas (ANE) para assegurar uma melhor interconectividade em todo o país. Vamos também priorizar as áreas da resiliência climática e agricultura”, disse.
Miller enfatizou ainda que serão implementadas, ao abrigo do programa, iniciativas visando incentivar a comercialização agrícola e o aumento da produção e renda dos pequenos produtores da província da Zambézia.
No encontro bilateral, o ministro Max Tonela afirmou que três áreas irão corporizar o Compacto II para Moçambique, nomeadamente a promoção de investimento na agricultura comercial, conectividade e transporte rural, e mudanças climáticas e desenvolvimento costeiro.
“Para os projectos que irão compor as três áreas, estamos cientes de que os empresários da província prioritária do Compacto II, a Zambézia, estão, à partida, em situação de desvantagem, dada a situação de pobreza extrema naquela circunscrição territorial, pelo que iremos preparar pacotes de formação, visando o seu empoderamento. Com isso, eles ver-se-ão melhor preparados para competir com os demais. Entendemos que é crucial que eles se apropriem da iniciativa para garantir a sustentabilidade social dos projectos”, disse o ministro.