Venâncio evoca Eduardo Mondlane em Cuamba

O candidato presidencial do partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, intensificou a sua corrida às eleições gerais no distrito de Cuamba, província de Niassa. Em referência ao Dia da Vitória, Mondlane recordou a importância desta celebração, assim como enalteceu a figura do arquitecto da unidade nacional, Eduardo Mondlane.

Setembro 8, 2024 - 06:45
Setembro 8, 2024 - 06:45
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Venâncio evoca Eduardo Mondlane em Cuamba

“O que aconteceu hoje é aquilo que, em 1960, quando um jovem deixou os Estados Unidos da América (EUA), deixou riqueza, bom salário, boa casa, regalias, abandonou tudo e veio a Moçambique para lutar pelos moçambicanos. Esse jovem chamava-se Eduardo Mondlane”, recordou o candidato do PODEMOS.

A campanha presidencial de Venâncio Mondlane na cidade de Cuamba coincidiu com as celebrações do Dia da Vitória.

“Os que estão a governar Moçambique hoje não queriam que o país fosse de Eduardo Mondlane, por isso mataram-no, porque queriam que Moçambique fosse uma desgraça. Mas esqueceram que ia nascer um Mondlaninho para ser o sucessor de Eduardo Mondlane. Matar um homem, não é matar uma luta”, afirmou Venâncio Mondlane.

Durante a marcha, Venâncio Mondlane destacou o papel do líder icónico do maior partido da oposição, Afonso Dhlakama, que sempre lutou ao lado do povo. Segundo Mondlane, “quando ele morreu, alguns bateram palmas, pensando que aqueles que defendiam o povo já haviam acabado, contudo esquecem que fui baptizado para continuar com a luta”.

O candidato do PODEMOS reclamou junto à população sobre a inquietação e perseguição por parte da polícia aos membros e simpatizantes do partido. “Embora a mesma polícia que apontou armas para nós seja a mesma que tem três meses de salário em atraso, e às vezes, para ir ao serviço, pede emprestado dinheiro para o transporte”, relatou Venâncio.

Na mesma ocasião, o candidato presidencial do PODEMOS saudou os militares que estão a combater o terrorismo em Cabo Delgado. Mondlane sublinhou que os militares estão a lutar sem condições adequadas, como munições e comida, e que alguns deles morrem sem que as suas famílias saibam que já não existem. Além disso, denunciou que subsídios destinados aos militares foram desviados para financiar as campanhas de um partido.

Ainda, enalteceu o trabalho dos médicos que, independentemente de receberem ou não os seus salários, continuam a trabalhar.