Hospital Central de Maputo distancia-se das manifestações dos Médicos
O Hospital Central de Maputo (HCM) declarou hoje que não se associa à marcha convocada pela Comunidade Médica de Moçambique, prevista para amanhã, terça-feira, dia 5, em frente ao Banco de Socorros da instituição. O anúncio foi feito pelo Director do Departamento de Banco de Socorros, Dino Lopéz, durante uma conferência de imprensa organizada para apresentar o relatório geral de urgências.
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Dino Lopéz apelou à calma por parte da sociedade, mencionando que, durante as manifestações em curso no país, especialmente em Maputo, têm sido registados ataques às ambulâncias do hospital. Segundo o director, o HCM tem recebido um grande número de pacientes no serviço de urgência, totalizando cerca de 1.673 atendimentos, dos quais 11 foram vítimas das manifestações. Entre esses casos, nove pacientes foram internados e dois já tiveram alta.
Lopéz destacou ainda a sobrecarga enfrentada pelos profissionais de saúde devido à greve, afirmando que "há uma grande demanda, mas o número de profissionais é insuficiente para atender todos os pacientes". Apesar disso, desmentiu as alegações de uma fonte anónima ouvida pela Torre.News, que afirmava a ausência de atendimento no hospital.
Este posicionamento do HCM surge num contexto em que os médicos decidiram aderir às marchas que estão a ocorrer em várias partes do país. Em resposta à mobilização da classe médica, o Ministério da Justiça,