Manuel de Araújo “excluído” da reunião do Conselho Nacional do partido

O Conselho Nacional daquela formação política é o órgão com legitimidade para convocar o congresso e traçar o perfil do candidato interno do partido que irá concorrer nas eleições gerais agendadas para 9 de Outubro próximo.

Segundo AIM, Manuel de Araújo diz estranhar que até hoje, quando faltam apenas três dias para a reunião, não tenha recebido o convite por parte da mesa do Conselho Nacional do partido.

“Acho estranho que, como membro do Conselho Nacional, ainda não tenha recebido formalmente o convite”, disse Manuel de Araújo.

A fonte dá o benefício da dúvida a mesa do Conselho Nacional, e diz acreditar que se trata apenas de questões burocráticas, mas avisa que, com ou sem o convite, na qualidade de membro de pleno direito, eleito em congresso, estará presente na reunião do Conselho Nacional no dia 14 de Abril.

“Com ou sem convite eu vou à essa reunião pois tenho esse direito. Fui eleito em congresso”, frisa Manuel de Araújo.

A fonte diz que, se não receber nenhum expediente relacionado com a referida reunião dentro de 24 horas, vai entrar em contacto com o presidente da mesa do órgão para exigir uma explicação e se não ficar satisfeito poderá recorrer a outras instâncias internas.

“Tenho o número do Presidente do Conselho vou telefonar amanhã (sexta-feira) para saber porquê ainda não recebi o convite.

Manuel de Araújo não exclui a possibilidade de se candidatar as eleições internas na Renamo, mas frisa que tudo depende do perfil que vai ser desenhado pelo Conselho Nacional do partido e a vontade de outros colegas do partido.

“Se houver um grupo de cidadãos que achar que sou pessoa certa, vamos ver. Vamos ao Conselho Nacional que vai definir um perfil e se eu couber nesse perfil posso me candidatar, mas se não couber a vida continua”, salientou.

Questionado pela AIM, se, se revê na atitude do seu colega Venâncio Mondlane que avançou com uma segunda providência cautelar contra o presidente do partido Ossufo Momade, por entender que uma vez mais violou estatutos do partido na forma como convocou a Reunião do Conselho Nacional, que não respeitou o período de 15 dias e entrega formal dos convites aos participantes, Manuel de Araújo responde negativamente.

“Do ponto de vista legal, qualquer membro pode interpor uma providência cautelar. O Venâncio está no uso daquilo que a Constituição da República lhe confere. Mas do ponto de vista político discordo porque temos que começar pelos 6ã4os internos e se não estivermos satisfeitos aí podemos recorrer a outros órgãos”, afirmou.