Forquilha acusado de traição em meio a perseguições e assassinatos de membros do PODEMOS

Os membros do PODEMOS que apoiam Venâncio Mondlane têm sido alvo de perseguições, sequestros e assassinatos em circunstâncias suspeitas, enquanto o presidente do partido, Albino Forquilha, enfrenta acusações de ter recebido 219 milhões de meticais para abandonar a luta pela verdade eleitoral.

Janeiro 17, 2025 - 12:59
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Forquilha acusado de traição em meio a perseguições e assassinatos de membros do PODEMOS

Na última terça-feira, em Búzi, província de Sofala, António Mandemu, membro proeminente do PODEMOS e figura de destaque nas manifestações contra os resultados eleitorais, foi assassinado com três tiros em sua residência.

Arlindo Chissale, jornalista e apoiante do PODEMOS, está desaparecido há mais de sete dias. Conhecido pelas suas investigações sobre alegadas fraudes eleitorais em Nacala-Porto, Chissale foi visto pela última vez ao sair de Cabo Delgado com destino a Nampula. Relatos recentes indicam que ele e outro membro do partido podem ter sido assassinados por motivações políticas. Até ao momento, Forquilha não se pronunciou sobre o caso.

No domingo, Alex Braga, autor de uma obra que analisa o impacto do carisma de Venâncio Mondlane, foi detido pela polícia em Marracuene, junto com dois membros do PODEMOS. Segundo informações obtidas, os detidos foram mantidos incomunicáveis, impedindo contacto com familiares e advogados.

Enquanto estas ocorrências alarmantes se multiplicam, Forquilha permanece em silêncio, o que reforça as acusações de traição. Críticos afirmam que o líder do PODEMOS tem exibido sinais de ostentação, como o uso de viaturas de luxo, alimentando descontentamento entre membros e simpatizantes do partido.

A TORRE.News tentou obter declarações do porta-voz do partido, que limitou-se a afirmar que estão em processo de apuramento dos factos.