Moçambique quer reforçar relações económicas com o mundo

O repto foi lançado esta quarta-feira (20), em Maputo, durante a recepção de cartas credenciais de cinco embaixadores e três altos-comissários designados para Moçambique evento dirigido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

Trata-se de Jorge Tormo, embaixador da República de Cuba, Soradjak Puranasamriddhi, da Tailândia, Saleh Al-Boayshi, da Líbia, Gervais Abayeho, do Burundi, Shimon Solomon, do Estado de Israel, e altos-comissários do Reino de Eswatini, Mlondi Dlamini, do Quenia, Ndung’u Kamweru, e das Maurícias, Jean Chaumiere.

A informação foi avançada pela ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.

“Durante a apresentação das Cartas Credenciais, o Presidente Nyusi sugeriu-lhes empenho no processo do fortalecimento das relações económicas a fim de enfrentarmos, com sucesso, os desafios decorrentes da grave crise económica financeira que aflige o mundo provocada pela pandemia da COVID-19, o incremento preocupante da inflação de preços de combustíveis e de produtos alimentares e pelo acentuado desequilíbrio do sistema económico gerado pela dimensão global da guerra na Ucrânia”, revelou a ministra.

A chefe da diplomacia moçambicana referiu também que Nyusi manifestou vontade do executivo em desenvolver e fortalecer os laços de irmandade, amizade e cooperação existentes entre Moçambique e aqueles países.

A ministra referiu igualmente que o alto magistrado da nação na interacção com o embaixador de Cuba apreciou a robustez das relações de amizade, solidariedade e cooperação entre os dois países e a vontade de ambos de consolidar e renovar os laços que os unem.

Ao conversar com o alto-comissário do Reino de Eswatini, o Presidente Nyusi evocou a boa vizinhança prevalecente entre os dois países baseado nos laços de consanguinidade, história comum e empenho para a construção de uma África Austral de paz, estabilidade e desenvolvimento.

Partilhou com o alto comissário das Maurícias a satisfação do governo de Moçambique em ter o vizinho Ilhéu como um dos maiores investidores estrangeiros no contexto da responsabilidade partilhada para transformar o Oceano Indico em fonte relevante de economia azul que se almeja e em zona de paz e segurança.

No diálogo com o embaixador da Tailândia, o Chefe de Estado realçou a consolidação da participação daquele país no desenvolvimento da indústria de hidrocarbonetos em Moçambique.

Foi também com satisfação que Nyusi constatou que o novo embaixador da Líbia vem reforçar as relações de amizade e cooperação com este país irmão.

Com o embaixador do Burundi, segundo a ministra, Nyusi exprimiu o desejo de implementação séria dos instrumentos jurídicos de cooperação bilateral assinados entre os dois países e a necessidade de transpor as relações político-diplomáticas para o domínio económico a fim de salvaguardar o desenvolvimento e bem-estar dos dois países e povos.

Quanto ao embaixador de Israel, reconheceu a tendência ascendente das relações de cooperação bilateral moçambicano-israelita, sublinhado a necessidade do seu alargamento.

Ao acolher o primeiro alto comissário do Quénia, o estadista moçambicano constatou quão activa tem sido a diplomacia económica na cooperação bilateral evidenciada por instrumentos jurídicos de cooperação já assinados.