Finalmente Mphanda Nkuwa ganha pernas para andar
O país finalmente formalizou a entrada de parceiros para viabilização da hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa, projecto estagnado há anos por razões pouco claros, dada a sua importância vital na matriz energética nacional e regional.
O empreendimento vai custar mais de 5 milhões de dólares norte-americanos para gerar 1.500 MW, com o término das obras prevista para 2030.
A implementação da Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa, cuja infraestrutura estará na província de Tete, pode tornar o país num polo de geração de energia a nível da África Austral.
A materialização da fase inicial que formaliza a entrada de parceiros no projecto da hidroeléctrica foi realizada esta quarta-feira, com a assinatura do Acordo Quadro de Implementação (FWA), que envolve a Eletricidade de Moçambique (EDM), o Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), para além do consórcio formado pela Électricité de France (EDF), TotalEnergies, Sumitomo Corporation.
As projecções do projecto indicam, ainda, que durante a fase de construção deverá empregar cerca de sete mil trabalhadores e três mil empregos permanentes após conclusão do empreendimento, 95 por cento dos quais para cidadãos moçambicanos.
Para Filipe Nyusi, Presidente da República, a assinatura do acordo simboliza a materialização de um sonho antigo dos moçambicanos, para além de ser um dos empreendimentos estruturantes no sector energético e no período pós-independência.
“A assinatura dos acordos de implementação formaliza a entrada do parceiro estratégico no projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa que se irá juntar a Eletricidade de Moçambique (EDM) e a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), para a concretização deste sonho antigo dos moçambicanos”, apontou.
Para além do Acordo Quadro de Implementação (FWA) a EDM, HCB, Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), e o consórcio Électricité de France (EDF), TotalEnergies, Sumitomo Corporation, as partes assinaram o Acordo de Implementação (JDA).
Para a concretização do projecto, a União Europeia, o Banco Europeu de Investimento, Banco Africano de Desenvolvimento e EDM anunciaram o desembolso de mais de 500 milhões de dólares norte-americanos.
O projecto também conta com o apoio de outros parceiros, incluindo a Agência Francesa de Desenvolvimento, Banco de Desenvolvimento Sul-Africano, Banco Islâmico de Desenvolvimento.
TORRE
