Desenvolvimento Sustentável: Maioria dos países aquém das metas globais
Maputo, 21 Jul/ Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 60 países do mundo, a maioria africanos, não irão alcançar a meta 3.2, referente aos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que tem a ver com a redução de casos de mortalidade em crianças menores de 5 anos de idade.

Segundo o director geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, maior parte destes países estão em África.
Por isso, o país acolhe a partir desta terça-feira (22), em Maputo, o Fórum de Inovação e Acção para Imunização e Sobrevivência de 2025, que se realiza pela primeira vez no continente africano.
“O Fórum representa um marco importante, durante o qual pretende-se discutir estratégias, inovações, soluções e também assumir novos compromissos globais para reposicionar o mundo, particularmente África na rota e trajectória correcta de modo alcançar a meta global de redução da mortalidade infantil até 2030”, disse.
A representante da Fundação Lá Caixa, Oriana Ramirez Rúbio, enalteceu os governos de Moçambique, Itália, Espanha e a Fundação Gates, pelos esforços conjuntos no combate a mortalidade infantil e os seus desafios.
“Eu gostaria de acreditar na parceria pública/privada, essas são alianças fundamentais da saúde, permitindo combinar recursos, conhecimentos, especialmente inovações “, disse.
O país tem sido um parceiro prioritário, relativamente aos projectos desenvolvidos pela Fundação Lá Caixa, que iniciou o trabalho com o governo moçambicano e a sociedade civil em 2001, com a implementação de vários projectos, tendo citado como exemplo o projecto Aliança para Vacinação, portanto, iniciativa implementada junto dos governos de Moçambique e Serra Leoa, respectivamente.
Por seu turno, a representante da Fundação Bill & Melinda Gates, Magdalena Robert, fez saber que a organização já trabalhou com os sectores da saúde materno infantil e outros há 20 anos atrás e a situação de Moçambique era bem mais complexa.
“Alguns de vocês ouviram que a Fundação Bill Gates, tem o compromisso de dar dois biliões de dólares norte-americanos para os próximos anos, isto quer dizer que vamos continuar a trabalhar com todos vocês aqui em Moçambique, na Serra Leoa, no continente africano e no mundo”, disse.
O montante referido constitui uma oportunidade para não deixar nenhuma criança para trás e evitar mortes por doenças fracas, aumento da vacinação e outros.
“Houve um compromisso em Bruxelas no final de Junho, esse dinheiro há-de vir a Moçambique, para Serra Leoa, muitos outros países pobres em África de forma a ter vacinas para malária e outras doenças “, disse.
(AIM)