Plano Mattei: Itália define rumo para as energias renováveis e a economia azul

Para o ministro dos Negócios e do Made in Italy, Adolfo Urso, os setores marítimos estão entre “os mais promissores e a desenvolver”, razão pela qual já foram atribuídos mais de 20 mil milhões de euros.

Fevereiro 7, 2025 - 16:47
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AGI - Itália concentra-se nas energias renováveis ​​e na cadeia de abastecimento de energia marítima industrial para desenvolver plenamente o Plano Mattei para África. Isto foi explicado pelo Ministro dos Negócios e do Made in Italy, Adolfo Urso, que, durante a audiência perante a comissão de combate às desvantagens ligadas à insularidade, destacou como as energias renováveis ​​marinhas, em particular a energia eólica offshore, a energia fotovoltaica e geotérmica, estão a tornar-se uma indústria cada vez mais relevante. Mesmo que o gás e o petróleo estejam destinados a “continuar necessários no mix energético nacional durante algum tempo”, para Urso é essencial concentrar-se nas energias renováveis ​​marinhas para dar impulso à transição ecológica italiana.

É necessário estabelecer um “programa específico de desenvolvimento industrial para as regiões insulares”, que se concentre em sectores-chave como “a economia azul e o turismo marítimo”, afirmou, destacando que o governo italiano já destinou mais de 20 mil milhões de euros para apoiar as empresas, com medidas fiscais automáticas destinadas a incentivar investimentos inovadores.

O ministro dos Negócios explicou que graças às novas tecnologias é hoje possível projetar parques eólicos offshore “mesmo em águas profundas”, abrindo assim oportunidades “não só para a produção de energia limpa, mas também para o desenvolvimento de toda uma cadeia produtiva ligada às plataformas flutuantes”. a pesca e a aquicultura, a náutica de recreio e até a economia litorânea.

A este respeito, Urso recordou um recente contrato assinado pela Fincantieri para a construção de navios de cruzeiro. “Este projeto representa uma oportunidade estratégica para as ilhas italianas – disse – desde que sejam feitos investimentos adequados em design e novas tecnologias”. Para o ministro, é portanto necessário reforçar a oferta turística integrada do mar e do Made in Italy, “que se caracteriza pela sustentabilidade, pela qualidade e pela forte integração com os setores industrial, cultural e audiovisual”. Há nesta área, esclareceu Urso, “um enorme potencial de ‘soft power’, expresso não só numa dimensão nacional mas também na euro-mediterrânica”: o rótulo “Made in Italy” está estritamente ligado à qualidade de vida e à dieta mediterrânica, às ciências da vida e até ao turismo sénior, afirmou o ministro, para quem no entanto “só um papel activo do Estado pode permitir modificar a condição desfavorecida das ilhas” em termos de desenvolvimento económico.

“Apenas um incentivo estatal pode concordar em reverter as condições de vantagem do isolamento. É fundamental que a região insular tenha um programa preciso de benefícios industriais e económicos, e que a oportunidade oferecida pela Economia Azul, pelas novas tecnologias e pelo desenvolvimento digital” escreve Urso. su