Tribunal Supremo iliba antigo presidente do Malawi
O Tribunal Supremo do Malawi ilibou o antigo estadista Bakili Muluzi das acusações de corrupção que pesavam sobre si. Muluzi era acusado de ter desviado cerca de 11 milhões de dólares durante a governação do país, entre 1994 e 2004.
Segundo uma notícia veiculada pela Rádio Moçambique (RM), a absolvição de Bakili Muluzi, foi decidida depois de o Ministério Público emitir um despacho de não acusação, restituindo assim a liberdade ao então estadista malawiano.
Bakili Muluzi governou o Malawi entre 1994 e 2004, tendo sido preso pela primeira vez em 2006 pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção do Malawi (GCCC), acusado de 12 crimes de corrupção incluindo o alegado desvio dos 11 milhões de dólares para as suas contas pessoais.
Os alegados fundos desviados eram provenientes de Taiwan, Marrocos e Líbia, que se alega ido as contas pessoais de Bakili Muluzi, mas ao longo dos anos não houve progresso no caso.
Desde então, as audiências de julgamento do caso do antigo presidente do Malawi, tiveram sucessivos adiamentos, devido a complicações de saúde de Bakili Muluzi.
Das poucas vezes que Muluzi compareceu ao tribunal, declarou-se inocente afirmando ser vítima de conspiração, pois as acusações estavam ligadas à disputa com o seu sucessor, Bingu wa Mutharika.
A Bancada parlamentar do partido governamental do Malawi o MCP e o Conselho Cristão do Malawi, várias vezes apelaram aos órgãos de administração da justiça para que declarassem a extinção do caso, pois a investigação estava a despender recursos públicos sem uma solução à vista.
Recentemente, após o ciclone Freddy ter devastdo o Malawi, o presidente Lazarus Chakwera nomeou Bakili Muluzi e Joice Banda, dois antigos presidentes deste país com casos em tribunais, como embaixadores de boa vontade para a solicitação de apoios externos para a reconstrução do país.
Ademais, os dois antigos estadistas, são várias vezes solicitados para representar o presidente Chakwera em eventos de estado no exterior.
Para activista social malawiano, Onjezani Kenani classifica a absolvição de Muluzi como parte de uma estratégia para acabar com todos os casos de corrupção, sobretudo àqueles que envolvem destacados políticos.