África Do Sul/ servidores públicos ameaçam greve
A Associação dos Servidores Públicos da África do Sul (PSA) rejeita o reajuste salarial de 3% oferecido pelo governo e ameaça entrar em greve.
Segundo a PSA, “os planos para a greve estão em curso de acordo com o resultado do escrutínio. A greve será a nível nacional e todos os membros do PSA são instados a participar, uma vez que o governo nada mais demonstrou senão desrespeito pelos trabalhadores.”
Estão preparados para entrar em greve os servidores públicos agregados à Organização Democrática de Enfermagem; Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Saúde e Afins; Sindicato dos Direitos Civis da Polícia e Prisões e Sindicato do pessoal de Saúde, entre outros.
Há dias, o Ministro sul-africano das Finanças anunciou um aumento salarial de três por cento, para a função pública, com efeitos retroactivos a partir do passado de Abril.
Os sindicatos do sector público rejeitam a oferta do Executivo de Pretória e dizem que estão dispostos somente a aceitar qualquer aumento que esteja acima da actual taxa de inflação estimada em 7,5 por cento.
Na óptica dos trabalhadores, o único caminho que resta para pressionar o governo é a paralisação das actividades.
“O que vamos fazer é elaborar um programa de acção dentro do quadro jurídico”, afirma um representante Organização Democrática de Enfermagem, Simon Hlungwani.
O Presidente do Congresso dos Sindicatos da África do Sul (COSATU), De Bruyn, diz que “estamos aqui para apoiar os trabalhadores do sector público porque somos totalmente contra os 3% que foram oferecidos unilateralmente pelo ministro.”
Em Agosto último, a África do Sul testemunhou uma greve geral contra o custo de vida convocada pelo COSATU e pela Federação dos Sindicatos (SAFTU).
