Ramaphosa inocentado no escândalo de dinheiro pela Provedoria da República
O anúncio foi feito na sexta-feira, em conferência de imprensa, pela Provedora da República Interina Kholeka Gcaleka na apresentação do relatório de investigação à alegada má conduta do chefe de Estado sul-africano relativamente ao dinheiro que tinha sido escondido num sofá na sua quinta agrícola, que é propriedade de uma empresa da qual o Presidente é o único administrador.
Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul, foi inocentado de irregularidades pela Provedoria da República no escândalo do alegado roubo de mais de meio milhão de dólares na sua quinta agrícola de Phala Phala.
O anúncio foi feito na sexta-feira, em conferência de imprensa, pela Provedora da República Interina Kholeka Gcaleka na apresentação do relatório de investigação à alegada má conduta do chefe de Estado sul-africano relativamente ao dinheiro que tinha sido escondido num sofá na sua quinta agrícola, que é propriedade de uma empresa da qual o Presidente é o único administrador.
O órgão de vigilância pública investigou o roubo, que teria ocorrido em fevereiro de 2020 na fazenda do Presidente em Waterberg, província sul-africana de Limpopo. “Considerando as evidencias e a aplicação da lei, não há base para exaltar tais deliberações a ponto de se sustentar que existiu um conflito de interesses reais ou potenciais por parte do Presidente relativamente ao seu dever como chefe de Estado e os seus interesses na caça e criação de gado na fazenda Phala Phala em violação do código (de Ética Executiva)”, declarou Gcaleka.
A provedora explicou que apesar de Ramaphosa admitir ter outros interesses financeiros, “isso não significa que o Presidente realiza trabalho remunerado fora do seu gabinete”. Em março, um relatório preliminar da Provedoria da República sul-africana concluiu que não havia provas sobre o envolvimento de Ramaphosa na gestão de Phala Phala.
O chefe de Estado afirmou que a quantia de 580.000, 00 dólares, em dinheiro, foi paga ao seu antigo gestor da fazenda, Sylvester Ndlovu, pelo empresário sudanês Hazim Mustafa, no dia de Natal de 2019. O Presidente sul-africano sustentou que o dinheiro provém da venda de búfalos, embora os animais tenham permanecido na fazenda por mais de três anos depois disso, segundo a imprensa sul-africana.
Todavia, Kholeka Gcaleka salientou que a Provedoria não investigou assuntos fiscais ou de controlo cambial por se enquadrar no mandato de outras instituições. O ex-Director-Geral da Agência de Segurança do Estado (SSA), Arthur Fraser, iniciou o caso quando denunciou o alegado roubo à polícia em junho de 2022. (JN/IMN)