2023 foi o ano mais quente na história, revela Copernicus

O programa Copernicus da União Europeia revelou que 2023 foi o ano mais quente desde o início dos registos meteorológicos. Este ano testemunhou a quebra de recordes de temperaturas máximas diárias e mensais, ultrapassando todos os anos anteriores, incluindo 2016, o detentor do recorde anterior.

Janeiro 10, 2024 - 22:16
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2023 foi  o ano mais quente na história, revela Copernicus

Dados alarmantes indicam que a temperatura global está perigosamente próxima de atingir o limite crítico de 1,5 graus centígrados acima dos níveis pré-industriais. A ultrapassagem deste limiar pode resultar em consequências catastróficas e irreversíveis para o ecossistema terrestre.

 

O relatório anual do Copernicus destaca uma série de temperaturas extraordinárias a partir de junho de 2023, levando este ano a estabelecer um novo padrão climático. As médias de temperatura diária excederam os níveis pré-industriais em mais de 2°C em vários momentos ao longo do ano.

 

As consequências deste aumento de temperatura manifestaram-se em incêndios florestais severos e ondas de calor prolongadas a nível mundial, fenómenos possivelmente intensificados pelo El Niño.

 

Na Europa, as temperaturas mantiveram-se consistentemente acima da média durante onze dos doze meses de 2023, com Setembro marcando o mês mais quente já registado.

 

O relatório do Copernicus adverte que, se a tendência de aquecimento global persistir, é provável que um período de 12 meses terminando em Janeiro ou Fevereiro de 2024 exceda o aumento crítico de 1,5 graus centígrados.

 

Em Moçambique, o fenómeno El Niño é previsto para impactar negativamente a região sul do país este ano. Caracterizado por uma seca prolongada e a ausência de chuvas, acompanhadas por um aumento de temperaturas, este fenómeno ameaça a actividade agrícola, comprometendo a segurança alimentar e nutricional da região.