Banco Mundial investe acima de 1,6 bilião de USD em infra-estruturas

Os investimentos estão em execução nas áreas de estradas, pontes, abastecimento de água, saneamento, gestão de recursos hídricos, habitação e reconstrução pós-desastres naturais, concretamente os ciclones Idai e Kenneth que fustigaram as províncias de centro e norte de Moçambique, deixando para além de mortes, um rasto de destruição desolador nas infra-estruturas públicas e privadas.

Os números foram avançados esta semana, em Maputo, pelo ministro do pelouro, Carlos Mesquita, durante uma reunião virtual com o Banco Mundial, com a participação de vários países para partilha de experiências e aprimoramento de mecanismos de articulação entre as instituições com vista a melhorar a articulação para uma melhor gestão.

“O portefólio actual de projectos financiados pelo Banco Mundial ascende a um financiamento global de cerca de 1,6 bilhões de dólares”, disse Mesquita.

Segundo o ministro, a envergadura do investimento requer uma gestão, abordagem multidisciplinar e complexa devido a transversalidade dos assuntos em questão, sobretudo na área de estradas e pontes.

O governante aponta como exemplos o Desenvolvimento Integrado de Estradas Rurais, Estradas Seguras para Integração Sócio Económica e a Conectividade na África Austral.

Na área de abastecimento de água e saneamento, o Banco Mundial financia os projectos de saneamento urbano e provisão de água nas pequenas cidades e vilas, dentro de políticas de salvaguardas ambientais e sociais em implementação, sobretudo após os ciclones Idai e Keneth, intervindo igualmente na melhoria de infra-estruturas de armazenamento de água.

“O Banco Mundial por essas intervenções constitui-se o parceiro mais importante do sector. Financiam igualmente projectos de segurança hídrica e crescimento económico resiliente em Moçambique”

Como desafio para o país, Mesquita aponta a exiguidade de recursos humanos ligados a áreas específicas para responder as exigências das do Banco Mundial no cumprimento das políticas acordadas com aquela instituição financeira internacional, sobretudo nas directrizes sociais e ambientais.

Aponta a necessidade para a harmonização dos instrumentos legais para que estejam alinhadas com os objectivos da cooperação.

Como parte da solução dos desafios, a fonte assegurou que está em curso a criação a nível do MORHPH de um Centro de Excelência para apoiar a implementação de vários projectos financiados pelo banco.