Cabo Delgado: Insurgentes tentam criar um califado islâmico na zona costeira de Macomia

Os insurgentes em suas novas movimentações na zona norte de Cabo Delgado, estão a tentar criar um califado islâmico na aldeia de Mucojo, na zona costeira do distrito de Macomia, um dos bastiões dos terroristas desde Outubro de 2017.

Fevereiro 1, 2024 - 17:17
Junho 10, 2024 - 12:22
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Cabo Delgado: Insurgentes tentam criar um califado islâmico na zona costeira de Macomia

A aldeia considerada estratégica, situa-se numa encruzilhada e perto da aldeia de Pangane, referida entre os insurgentes como a Medina de Moçambique, ou o segundo local mais sagrada do Islão, depois de Meca, cita Zitamar.

“Poderá a ocupação da aldeia de Mucojo, na zona costeira do distrito de Macomia, pelos insurgentes, ser o núcleo de uma tentativa de estabelecimento de um califado islâmico em Cabo Delgado”, lê-se. 

De acordo com as fontes locais, os insurgentes que ocupam a referida aldeia impuseram uma interpretação estrita da lei islâmica, ou Sharia, aos residentes.

A aldeia de Mucojo, esta ocupada pelos terroristas desde início de Janeiro, e sob suas ordens as comunidades locais são proibidas de certos cortes de cabelo, venda de álcool e o uso de calças justas, ao mesmo tempo que encorajam as pessoas a praticar orações diárias nas mesquitas.

Refira-se, desde que os terroristas se fazem-se sentir em Cabo Delgado, nunca houve uma tentativa significativa de estabelecer um califado, ou Estado Islâmico tradicional, em Cabo Delgado, mesmo em Mocímboa da Praia, que os insurgentes ocuparam durante um ano entre Agosto de 2020 e Agosto de 2021, pouco esforço foi feito para introduzir um governo islâmico, uma vez que a cidade foi abandonada por civis. 

Mas estranhamente, agora em Mucojo, ao longo da costa de Macomia, os insurgentes tem uma população sobre a qual pretende governar. 

Nos últimos dias, Cabo Delgado depois de uma relativa acalmia, voltou a conhecer dias difíceis com ataques sucessivos dos terroristas, mas paradoxalmente, também há relatos de que a TotalEnergies, esta a realizar trabalhos em Afungi, no quadro do projecto Mozambique LNG, suspenso há dois anos devido a questões de segurança.