Cahora Bassa paga dividendos de 3,7 mil milhões de meticais

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) anunciou que começou a pagar dividendos esta segunda-feira (11) no valor de 3,7 mil milhões de meticais (cerca de 57,92 milhões de dólares), que corresponde a 36,4% dos lucros da empresa.

Julho 12, 2022 - 15:59
Julho 12, 2022 - 16:54
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A HCB explica em comunicado divulgado hoje que no primeiro semestre as acções na Bolsa de Valores de Moçambique tiveram um desempenho abaixo do preço da Oferta Pública de Venda realizada no ano de 2019, exceptuando a primeira quinzena do mês de Janeiro em que se manteve firme na casa dos três meticais por acção.

Contudo, garante que “as acções continuam apetecíveis no mercado secundário gerando transacções consideráveis”.

 
No que concerne ao seu desempenho, a HCB registou, no 1º semestre, uma produção de 7.965 GWh, pouco mais de 15% acima da produção verificada no mesmo período em 2021, ultrapassando todas as metas estabelecidas para este período.

Trata-se de uma produção hidro-energética alcançada sem a ocorrência de acidentes de trabalho e que ultrapassa as expectativas mais optimistas mercê da disponibilidade hídrica e dos equipamentos de produção, conversão e transporte de energia, e do desempenho dos recursos humanos.

 
“A produção do 1º semestre de 2022 traduz-se em receitas bastante significativas e relevantes para o financiamento dos projectos de reabilitação que estão a decorrer em toda a cadeia de produção”, referiu Boavida Muhambe, Presidente do Conselho de Administração, citado no comunicado.

 
Por outro lado, permitem que Cahora Bassa continue a ser um activo estratégico e valioso na matriz energética nacional e regional, e no desenvolvimento sócio-económico de Moçambique através das contribuições que presta para a economia.

Por isso, disse Muhambe, “temos o dever de gerir e operar a empresa de forma criteriosa, responsável e transparente para que alcance os seus objectivos”.


No que concerne a modernização do parque electroprodutor, o empreendimento segue com os projectos de reabilitação programados ao nível dos cinco grupos geradores com capacidade instalada de 2.075 MW, cujas intervenções poderão levar ao incremento da potência nominal de cada grupo.


Em relação aos recursos hídricos da albufeira, a 30 de Junho corrente a cota situava-se em 324,63 metros acima do nível médio das águas do mar, que corresponde a 93% da sua capacidade útil de armazenamento, permitindo assim, o normal funcionamento do empreendimento e a implementação dos planos de exploração da central de produção.


Explicou que o alcance destes níveis de armazenamento resulta das medidas criteriosas adoptadas durante a última época chuvosa, quando mesmo diante da ocorrência da tempestade tropical Ana, em Janeiro, e da depressão tropical Dumako, em Fevereiro, não foram efectuadas descargas adicionais, contribuindo, deste modo, para a minimização dos impactos das cheias e inundações no Baixo Zambeze.