"É impossível isolar a Rússia", afirma Vladimir Putin

O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou esta semana que “será impossível [o ocidente] isolar a Rússia”, quando discursava num fórum económico em Vladivostok, na Rússia.

Setembro 9, 2022 - 18:22
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Putin não descartou a possibilidade de limitar a exportação de cereais para os países europeus.

 

 “Não importa o quanto alguns países queiram isolar a Rússia, é impossível fazê-lo”, disse Vladimir Putin durante um fórum económico dirigido para a Ásia a decorrer em Vladivostok, na Rússia.

 

O chefe do executivo russo acrescentou que a Rússia resistirá à “agressão económica, financeira e tecnológica” ocidental, e que fará de tudo para proteger os interesses nacionais contra aquilo que julga ser uma “febre sancionadora” do Ocidente, que almeja impor “modelos comportamentais” que atentam contra a soberania dos países.

 

Discursando para toda a região Ásia Pacífico, Putin salientou que a esmagadora maioria dos países asiáticos estimam que as sanções contra Moscovo são inaceitáveis.

 

Ele aproveitou para abordar a questão do peso económico do continente asiático na economia mundial, que segundo ele está a crescer e deve passar de 37,1% em 2015 para 45% do PIB global em 2027.

 

"Talvez deveríamos pensar em limitar a exportação de cereais para a Europa"

 

Relativamente às exportações de cereais ucranianos, o chefe de Estado teceu duras críticas às exportações de cereais para o velho continente. Vladimir Putin disse que “quase todos os cereais exportados desde a Ucrânia não são enviados para os países mais pobres e em desenvolvimento, mas para a União Europeia”, e acrescentou que desta maneira “a magnitude dos problemas alimentares no mundo continuará a aumentar”.

 

O presidente russo considera conversar com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, para limitar as exportações de cereais e outros alimentos para o continente europeu.

 

Finalmente, Putin admitiu que alguns sectores da economia russa estão a atravessar dificuldades, nomeadamente as empresas e indústrias que dirigem parte das suas exportações para a Europa, e estima que a inflação deve chegar a 12% até ao final do ano.

Euronews