Índice de Preços ao Consumidor vai abarcar todas as províncias

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflacção em Moçambique, vai passar a ter em conta dados de todas as 11 províncias do país.

Outubro 21, 2022 - 17:52
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Índice de Preços ao Consumidor vai abarcar todas as províncias
IPC

Actualmente, o IPC é medido tendo em conta a média de dados obtidos nas cidades de Maputo, a capital do país, no sul, Beira, centro, e Nampula, no norte.


O Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, há dias que o governo está a trabalhar para que o país tenha um IPC que reflicta a média de todas as 11 províncias de Moçambique.


“Estamos a trabalhar na perspectiva de termos o IPC para cada província e depois termos a media das 11 províncias que seria a média da inflacção nacional”, afirmou.


Maleiane explicou que a medida tem a sua importância porque cada província vai passar a discutir, na sua programação, o que é necessário para baixar o custo de vida e assim “competirmos em termos de desenvolvimento”.

O executivo, segundo Maleiane, vai também trazer à revisão a estratégia nacional de desenvolvimento económico que “é todos juntos decidirmos onde é que queremos estar em 2041”.


“Esse documento virá para aqui. Até já foi programado”, assegurou.


Reiterou o compromisso do governo de buscar soluções para manter a inflacção sob controlo por forma a evitar a subida do custo de vida.


O Primeiro-Ministro disse que a taxa média de inflacção, no país, é de 8.79 por cento graças as medidas tomadas pelo Executivo para conter o custo de vida.


Exemplificou que no mundo a inflacção média é de 08.8 por cento, mas na zona subsaariana é de 14 por cento, e na SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] é de 30 por cento, influenciada principalmente pelo Zimbabwe que chega a atingir uma inflacção de 200 por cento.


“Estou a chamar atenção aos moçambicanos para reconhecerem o esforço do governo num contexto em que vivemos desde 2020 para cá, momentos extremamente difíceis e, para o caso particular de Moçambique, enfrentamos calamidades naturais”, disse.


Segundo o Primeiro-Ministro, neste âmbito o governo tem vindo a tomar medidas combinadas de curto prazo focalizadas na estrutura dos preços de combustíveis e na protecção dos cidadãos mais vulneráveis. “O objectivo principal destas medidas é mitigar os impactos da subida dos preços dos combustíveis no mercado internacional na vida dos cidadãos e na economia nacional”.


“Mas mesmo neste contexto de inflacção de 08.79 por cento é relativamente melhor e se não tivessem sido tomadas medidas de política monetária e fiscal, estaríamos provavelmente na média da Africa subsaariana ou SADC”, afirmou o Primeiro-Ministro que já assumiu cargos de governador do Banco Central e Ministro da Economia e Finanças.