Índice de Preços ao Consumidor vai abarcar todas as províncias
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflacção em Moçambique, vai passar a ter em conta dados de todas as 11 províncias do país.
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Actualmente, o IPC é medido tendo em conta a média de dados obtidos nas cidades de Maputo, a capital do país, no sul, Beira, centro, e Nampula, no norte.
O Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, há dias que o governo está a trabalhar para que o país tenha um IPC que reflicta a média de todas as 11 províncias de Moçambique.
“Estamos a trabalhar na perspectiva de termos o IPC para cada província e depois termos a media das 11 províncias que seria a média da inflacção nacional”, afirmou.
Maleiane explicou que a medida tem a sua importância porque cada província vai passar a discutir, na sua programação, o que é necessário para baixar o custo de vida e assim “competirmos em termos de desenvolvimento”.
O executivo, segundo Maleiane, vai também trazer à revisão a estratégia nacional de desenvolvimento económico que “é todos juntos decidirmos onde é que queremos estar em 2041”.
“Esse documento virá para aqui. Até já foi programado”, assegurou.
Reiterou o compromisso do governo de buscar soluções para manter a inflacção sob controlo por forma a evitar a subida do custo de vida.
O Primeiro-Ministro disse que a taxa média de inflacção, no país, é de 8.79 por cento graças as medidas tomadas pelo Executivo para conter o custo de vida.
Exemplificou que no mundo a inflacção média é de 08.8 por cento, mas na zona subsaariana é de 14 por cento, e na SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] é de 30 por cento, influenciada principalmente pelo Zimbabwe que chega a atingir uma inflacção de 200 por cento.
“Estou a chamar atenção aos moçambicanos para reconhecerem o esforço do governo num contexto em que vivemos desde 2020 para cá, momentos extremamente difíceis e, para o caso particular de Moçambique, enfrentamos calamidades naturais”, disse.
Segundo o Primeiro-Ministro, neste âmbito o governo tem vindo a tomar medidas combinadas de curto prazo focalizadas na estrutura dos preços de combustíveis e na protecção dos cidadãos mais vulneráveis. “O objectivo principal destas medidas é mitigar os impactos da subida dos preços dos combustíveis no mercado internacional na vida dos cidadãos e na economia nacional”.
“Mas mesmo neste contexto de inflacção de 08.79 por cento é relativamente melhor e se não tivessem sido tomadas medidas de política monetária e fiscal, estaríamos provavelmente na média da Africa subsaariana ou SADC”, afirmou o Primeiro-Ministro que já assumiu cargos de governador do Banco Central e Ministro da Economia e Finanças.