Ruanda: Kagame vence eleições presidenciais com 99% dos votos

Kagame está no poder no Ruanda desde o fim do genocídio em 1994, ocupando várias funções. Foi eleito presidente pela primeira vez em 2000 e venceu por margem semelhante em 2017.

Durante o seu manifesto, Kagame afirmou que as suas prioridades de construir e fazer crescer o país rumo à prosperidade não mudariam.

Nesta eleição, Kagame enfrentou dois outros candidatos: Frank Habineza, do Partido Verde Democrático, e Philippe Mpayimana, candidato independente. Habineza terminou em segundo lugar com 0,53% dos votos, enquanto Mpayimana obteve 0,32%.

Esta foi a segunda candidatura de Mpayimana ao cargo máximo, um jornalista que se tornou político, cujas iniciativas de manifesto para desenvolver a agricultura, os transportes, a pesca e outras indústrias receberam cobertura em mais de 50 artigos.

Vários outros candidatos, incluindo alguns dos críticos mais veementes de Kagame, foram impedidos de concorrer à presidência.

Cerca de 9 milhões de uma população de 14 milhões de ruandeses estavam registados para votar – 2 milhões a mais do que na última eleição, de acordo com a Comissão Eleitoral Nacional (CNE).

A presidente da CNE, Oda Gasinzigwa, informou que mais de 300 observadores internacionais estiveram presentes em Ruanda, juntamente com cerca de 700 observadores locais.

Críticos afirmam que uma das razões pelas quais Kagame alcançou a vitória é a sua governação com mão pesada, sufocando a dissidência.

No entanto, analistas também destacam a sua capacidade de guiar o país rumo à paz interna desde o genocídio de 1994, quando cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos por extremistas hutus.