Alta de preços atinge novo recorde em Julho
Um novo recorde de subida de preços de produtos básicos foi registado em Julho passado, fenómeno que impactou directamente no bolso da maioria dos cidadãos moçambicanos.
Dados recolhidos em Julho último, nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula, quando comparados com igual período de 2021, indicam que o país registou uma subida geral de preços (inflação), na ordem de 11,77%, influenciada pelas divisões de transportes, alimentação e bebidas não alcoólicas, que registaram maior variação de preços com cerca de 19,10% e 17,24%, respectivamente.
Julho é o terceiro mês mais caro, depois de Maio ter batido recorde, ao registar uma inflação homóloga de 9,31%, seguido de Junho com 10,81%. As cifras revelam que o custo de vida está cada vez mais caro.
A contínua subida de preços de bens e serviços, também representa a materialização das projeções de curto prazo, feitas pelo Banco de Moçambique.
Entretanto, de acordo com um comunicado do Instituto Nacional de Estatística (INE), no mês de Julho, a inflação subiu 0,62% em comparação com Junho passado. Da comparação mensal, o INE concluiu que as divisões de transportes e de alimentação e bebidas não alcoólicas foram as de maior destaque, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 0,40 e 0,14 pontos percentuais (pp) positivos, respectivamente.
“Em relação a variação mensal por produto, é de destacar o aumento dos preços da gasolina (4,3%), do gasóleo (10,9%), do tomate (3,0%), do gás butano em botija (18,6%), do pão de trigo (1,0%), do peixe fresco (1,3%) e da mandioca fresca (24,2%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,67pp positivos”, lê-se no comunicado.
Contudo, a Autoridade Estatística observou que alguns produtos com destaque para a couve (7,1%), o coco (3,8%), o carapau (0,9%) e o repolho (8,0%), contrariaram a tendência de aumento de preços, ao contribuírem com aproximadamente 0,11pp negativos no total da variação mensal.
O documento refere que, cumulativamente, de Janeiro a Julho do ano em curso, o país registou um aumento de preços na ordem de 7,10%, influenciada pelas divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes, ao contribuírem no total da variação acumulada com cerca de 3,34pp e 2,43pp positivos, respectivamente.
Analisando a variação mensal pelos três centros de recolha, que servem de referência para a variação de preços do país, o INE notou que em Julho findo, todas as cidades registaram aumento de preços, com a Cidade de Nampula a se destacar com cerca de 0,94%, seguida da Cidade de Maputo com 0,59% e por fim a Cidade da Beira com aproximadamente de 0,25%.