CNE ignora alerta de que realização de recenseamento em época chuvosa pode excluir muitos potenciais eleitores do centro e norte do país
Há uma divergência entre a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e os partidos políticos da oposição com assento no Parlamento sobre a realização do recenseamento eleitoral marcado para 1 de Fevereiro.
Em causa está o acto de o Conselho de Ministro ter proposto o dia 1 de Fevereiro como data para o arranque do recenseamento eleitoral, um facto contestado prontamente pela Renamo, por exemplo, que apontou para questões climáticas, nomeadamente a chuva que poderá embaraçar e limitar a adesão.
O mês de Fevereiro é tipicamente um mês marcado por chuvas em algumas regiões de Moçambique,por coincidir com o segundo ciclo da época de chuva.
Mas, contra todos os argumentos e protestos da oposição, a CNE aprovou na segunda-feira, 8 de Janeiro, o calendário eleitoral para as eleições de 2024.
Assim, segundo o calendário da CNE a que a Torre teve acesso, está previsto que o recenseamento eleitoral decorra de 1 Fevereiro a 16 de Março, sendo que posteriormente seguirá a inscrição dos proponentes e apresentação das candidaturas, a decorrer de 22 de Abril a 7 de Maio.
As eleições gerais, incluindo as sétimas presidenciais, cuja campanha eleitoral, segundo o calendário da CNE, decorre de 24 de Agosto a 6 de Outubro, estão marcadas para 9 de Outubro, com um custo de cerca de 6.500 milhões de meticais.
TORRE