Em Maputo: Arranca Formação de Formadores para a Indústria Avícola

Com Formadores do AERES Training Center International, da Holanda, e da Faculdade de Veterinária da UEM, cientistas e profissionais da área animal e tecnologia de alimentos, produtores e processadores de frango, e gestores de matadouros em Maputo melhoram suas práticas na DCA-IIAM.

Em Maputo: Arranca Formação de Formadores para a Indústria Avícola
Em Maputo: Arranca Formação de Formadores para a Indústria Avícola
Em Maputo: Arranca Formação de Formadores para a Indústria Avícola
Em Maputo: Arranca Formação de Formadores para a Indústria Avícola

Decorre de 22 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 2024, na Direcção de Ciências Animais (DCA), em Maputo, a primeira fase do curso de formação de formadores para a melhoria da indústria avícola em Moçambique. Trata-se de 25 participantes, entre pesquisadores e profissionais da área animal, agricultores e produtores de frango, gestores de matadouros, processadores de carnes, estudantes de tecnologia de alimentos e comunicadores de ciência, que vão receber um refrescamento e aprimoramento do seu conhecimento sobre a cadeia de produção, processameto, conservação e comercialização avícola, com enfoque no frango.

 

A formação realiza-se numa parceria com o AERES Training Center International (AERES TCI), uma instituição holandesa vocacionada para a elaboração e condução de cursos em Agro-Pecuária, Processamento Alimentar e Desenvolvimento Institucional e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Nesta fase inicial do treinamento, o AERES TCI destacou para Moçambique dois formadores (Johan Hissink e Josje Hakker) que se juntam a uma formadora nacional, a Dra. Custódia Macuamule, docente da Faculdade de Veterinária na UEM. A ser concluido em três fases até 12 de Abril do corrente ano, o seu correspondente projecto piloto deverá encerrar até ao dia 30 do mesmo mês, constituindo-se num desafio de eventuais possibilidades de réplicas para outras províncias do país.

 

Ao chancelar a abertura oficial do evento, após deixar as saudações de praxe de boas entradas e boas vindas, anotando e desejando que todos teham saúde e uma atitude proactiva, a Directora Geral do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), Prof. Doutora Zélia Menete lembrou aos presentes que “não é o novo ano que tem que fazer por nós, mas somos nós que temos que fazer cada diferença no novo ano”. E no seguimento fez uma gentil recomendação virada para a busca de sucesso institucional e construção de resultados de base compartilhada: “cada um de nós tem que fazer o seu trabalho”. Na perspectiva da Directora Geral do IIAM, “para qualquer actividade que tenhamos que realizar, temos que ter a devida actualização profissional, razão pela qual estamos neste curso”.    

 

A realização do curso em Moçambique, em parceria com uma prestigiada instituição holandesa e a mais antiga Universidade moçambicana, que são, respectivamente, o AERES Training Center International (AERES TCI) e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), ambas com actividades que remontam da década de 1960 e se expadem pelo mundo inteiro, reforça a convicção de que os quadros e investigadores moçambicanos têm conhecimento e capacidade para atrair oportunidades de financiamento para a concretização de múltiplas acções consoante as suas áreas profissionais. Esta constatação é corroborada pelo facto de ter sido a partir de um concurso internacional para a elaboração e submissão de projectos que ”o Departamento de Nutrição e Alimentos da Direcção de Ciências Animais (DCA) do IIAM concorreu e logrou ganhar apoio logístico e financeiro para a realização desta formação que se nos afigura muito útil para o contexto do nosso país”, como referiu a Dra. Diane Cumbula, que lidera a iniciativa ora estruturada no projecto “Formando o Formador: Melhorando a Idústria Avícola em Moçamique”, desde a sua concepção resultante de um curso de curta duração de que foi participante em 2023 na Holanda.

 

A importância do projecto em que se insere o curso espelha-se nos seus próprios objectivos que incluem: (i) formar produtores e processadores avícolas em boas práticas de produção e higiene; (ii) melhorar o processamento de frango em Moçambique, (iii) produzir manuais e material audio-visual de treinamento para próximos cursos; (iv) melhorar o conhecimento dos técnicos envolvidos, capacitando-os em matérias de nutrição, processamento e comercialização; para além do aumento da visibilidade e credibilização do IIAM como uma instituição pública nacional de produção de conhecimento e soluções tecnológicas para o desenvolvimento do agro-negócio e a segurança alimentar e nutricional, como preconiza a sua missão estratégica.