Tivane reage à entrevista de Chapo: “Houve consensos com Venâncio”

Em entrevista exclusiva à TORRE.News, Dinis Tivane, assessor político do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, reage com surpresa às declarações do Presidente da República, Daniel Chapo, que negou à imprensa portuguesa a existência de qualquer acordo entre ambos. Tivane garante que houve consensos políticos claros nos dois encontros realizados, mediados por figuras notáveis como Severino Ngoenha, Luís Bernardo Honwana, Oscar Monteiro, Teodato Hunguana, o bastonário da Ordem dos Advogados Carlos Martins, o antigo bastonário Tomás Timbane e o ex-reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Narciso Matos.

Julho 7, 2025 - 16:59
Julho 7, 2025 - 17:15
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Tivane reage à entrevista de Chapo: “Houve consensos com Venâncio”

Dinis Tivane, assessor político do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, manifestou-se surpreendido com as declarações do Chefe do Estado, Daniel Chapo, que negou em entrevista à imprensa portuguesa a existência de qualquer acordo com Mondlane, apesar dos dois encontros realizados entre ambos no período de tensão pós-eleitoral.

Em entrevista concedida há instantes à TORRE.News, Tivane, que participou nos dois encontros entre o Presidente da República e Venâncio Mondlane, afirmou que houve consensos que, na sua leitura, equivalem a um acordo político, tendo em conta os compromissos assumidos pelas partes.

Segundo Tivane, as reuniões contaram com a presença de figuras notáveis e amplamente respeitadas que actuaram como facilitadores do diálogo, podendo confirmar a existência dos consensos alcançados. Entre os nomes mencionados estão Severino Ngoenha, Luís Bernardo Honwana, Oscar Monteiro, Teodato Hunguana, o Bastonário da Ordem dos Advogados, Carlos Martins, o antigo bastonário Tomás Timbane e o antigo reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Narciso Matos.

“Nós ouvimos isso com bastante preocupação e achamos estranho. O próprio Presidente publicou vários comunicados oficiais, e assinámos comunicados conjuntos a falar de consensos. Esses comunicados relatavam que houve consensos em relação a várias matérias. Vocês, como jornalistas, podem contactar as pessoas que fizeram parte, estou a falar do grupo de facilitadores”, declarou Dinis Tivane.

O assessor político reforça que, “quando duas pessoas se encontram e depois anunciam que houve consenso, é porque há acordo”. Para Tivane, o conteúdo e o espírito das conversações indicam um entendimento mútuo que vai além de simples encontros protocolares.

Sobre o futuro do diálogo, Tivane revelou que Venâncio Mondlane ainda está a ponderar se continua ou não à mesa, mas garantiu que o ex-candidato está comprometido com os esforços de pacificação do país.

Durante a entrevista, o assessor abordou também o recurso que Venâncio Mondlane interpôs junto do Conselho Constitucional contra o Ministério da Justiça, que, segundo acusa, estará a boicotar o processo de legalização do seu novo partido político.

Refira-se que circulam nas redes sociais excertos da entrevista concedida pelo Chefe do Estado à imprensa portuguesa, nos quais Daniel Chapo afirma categoricamente que não existe qualquer acordo com Venâncio Mondlane. De acordo com o Presidente, os dois apenas se reuniram, reconheceram a necessidade de pacificar o país, e agora cada um está a cumprir com o que foi entendido naquele momento.