Manifestação no Zimbabué: Veteranos de guerra lideram protestos contra prolongamento do mandato presidencial de Mnangagwa
Zimbabué assistiu ontem, 31, uma paralisação nacional em resposta a protestos convocados por veteranos da guerra de independência, que se opõem aos planos de extensão do mandato do Presidente Emmerson Mnangagwa para além de 2028.

As manifestações resultaram no encerramento de escolas, empresas e na redução significativa do tráfego nas principais cidades, como Harare e Bulawayo.
Emmerson Mnangagwa assumiu a presidência em 2017, após a destituição de Robert Mugabe, e encontra-se no seu segundo e último mandato, conforme estipulado pela Constituição de 2013, que limita a presidência a dois mandatos de cinco anos. Contudo, o partido no poder, ZANU-PF, manifestou a intenção de prolongar o mandato de Mnangagwa até 2030, suscitando críticas de diversos sectores, incluindo de veteranos de guerra que anteriormente o apoiavam.
Antecipando possíveis distúrbios, as autoridades reforçaram a presença policial nas principais cidades. Em Harare, pequenas concentrações de manifestantes foram dispersas com recurso a gás lacrimogéneo. A maioria da população optou por permanecer em casa, resultando em ruas desertas e estabelecimentos comerciais fechados.
Os protestos foram liderados por Blessed Geza, também conhecido como "Camarada Bombshell", um veterano da guerra de independência que ganhou notoriedade através de discursos nas redes sociais, apelando à substituição de Mnangagwa pelo Vice-Presidente Constantino Chiwenga. Geza enfrenta acusações de traição e foi expulso do ZANU-PF, estando