GALP investe 25 milhões de USD no gás da cozinha

Galp, uma empresa que opera no sector dos combustíveis em Moçambique, investiu, nos últimos três anos, cerca de 25 milhões de dólares no negócio do Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), mais conhecido por gás de cozinha.

Abril 23, 2024 - 19:04
Maio 29, 2024 - 22:41
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GALP investe 25 milhões de USD no gás da cozinha
Paulo Varela, GALP

O investimento foi aplicado na construção de uma unidade de recepção e armazenagem de GPL com capacidade de seis mil metros cúbicos, montagem de uma nova unidade automática de enchimento com capacidade para 1.200 botijas por hora, entre outros.

 

Estes investimentos alargaram o horizonte da distribuição de gás em Moçambique, e permitiram a transportar mais de dois milhões de garrafas de GPL no ano passado.

 

“Só no GPL investimos mais de 25 milhões e achamos que é um caminho que temos que continuar tendo em conta a evolução do mercado. Investimos significativamente no armazenamento, enchimento e distribuição”, disse o director executivo da Galp Energy em Moçambique, Paulo Varela, em entrevista à AIM.

 

Segundo a fonte, a Galp dispõe de 700.000 garrafas de gás no mercado, e só no último ano incrementou mais 150.000.

 

“Temos mais garrafas no mercado que todas as outras empresas juntas. Mesmo assim, sentimos a necessidade de aumentar este número porque a procura existe. Nos últimos três anos, introduzimos mais 150.000 garrafas e o nosso objectivo é continuar com este ritmo”, disse.

 

Com uma quota no mercado estimado em dois terços, significa que em cada três garrafas gás vendidas no país, duas pertencem a Galp. Este feito é fruto de uma presença a nível nacional, em todas as capitais províncias e todas as zonas de consumo, com uma rede de distribuição consolidada ao longo das últimas três décadas.

 

“Esperamos que a vontade de massificar o uso do gás de cozinha se materialize, bem como as políticas que incentivem a adopção do GPL. Para o efeito, a evolução dos preços poderá jogar papel importante para o sector”, vincou.

 

Salientou que o GPL, apesar de estar ao nível mais alto do que no passado devido ao aumento do preço do petróleo, mesmo assim continua mais barato comparativamente as outras fontes alternativas, tais como o carvão.

 

A fonte diz que o sector encara com muita expectativa a construção da primeira refinaria de processamento de GPL no país com capacidade para a produção de cerca de 30 mil toneladas de GPL por ano, para o consumo doméstico.

 

Para além da refinaria, olham com bons olhos a implementação do Programa Nacional de Massificação do uso do GPL em curso no país desde 2022, que já beneficiou cerca de 30,000 famílias em oito províncias de Moçambique.

 

“Isso é bom porque vai substituir as importações na ordem de 60 a 70 por cento”, vincou.


A adopção do GPL como fonte de energia primária reveste-se de uma importância particular num país onde 90 por cento da população continua a usar a biomassa como fonte primária de energia.

 

O GPL vai reduzir o desmatamento e deste modo proteger o meio ambiente e mitigar o impacto das mudanças climáticas.