GÁS NATURAL: há condições para a retoma em palma: Nyusi

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, diz que estão criadas condições mínimas de segurança para a retoma do projecto de exploração do gás natural liquefeito em terra (Mozambique LNG), suspenso devido aos ataques terroristas no distrito de Palma, província de Cabo Delgado, norte do país.

Setembro 16, 2022 - 00:22
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O Chefe de Estado aponta os avanços no combate cerado contra o terrorismo pelas forças militares conjuntas de Moçambique (FDS), do Ruanda, e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM), que tem efectuado perseguição sem tréguas aos terroristas.


O estágio de segurança em Cabo Delgado foi vincado hoje (14), em Maputo, pelo Presidente Nyusi, durante a abertura da 7ª Cimeira e Exposição de Gás e Energia de Moçambique.


Na ocasião, Nyusi apelou à retoma da TotalEnergies que ainda mantém as razões de força maior que ditaram a suspensão do projecto executado pela petrolífera francesa, depois do ataque terrorista a Palma, a 24 de Março de 2021.



O ataque ocorreu perto da base logística de Afungi onde ocorre a implantação do projecto Mozambique LNG.


“As condições de segurança em Palma estão a um nível superior do que antes do ataque. O sucesso do combate aos terroristas nos eixos Mocímboa da Praia e Palma, que contempla as vias rodoviárias de acesso ao porto, conferem uma situação de estabilidade mais elevada”, disse.


Para Nyusi, o terrorismo é um fenómeno global que exige o concerto de todos os países face a ameaça à paz e estabilidade em todo o continente e no mundo.


Salientou que graças aos esforços coordenados na região da SADC, os terroristas já se encontram em fuga, fazendo apenas ataques esporádicos.


Para além da almejada retoma o mais depressa possível do desenvolvimento do projecto concessionado na Área 01 da Bacia do Rovuma, é também expectativa do Governo moçambicano, acelerar o processo de decisão final do projecto da Área 04, com a devida revisão do plano de desenvolvimento adequado a legislação sobre o sector.


Espera-se igualmente que haja sinergias entre as áreas 01 e 04 em termos de partilha de infra-estruturas para assegurar a eficiência operacional com vista a tirar vantagens competitivas no mercado.

De acordo com o Presidente Nyusi, o mundo enfrenta hoje uma crise energética que se espelha pela crescente procura determinada pelas quebras de fornecimento de gás russo ao mercado europeu, e Moçambique, pela sua localização geográfica, configura-se como uma alternativa a concorrência do Médio Oriente, para além do seu vasto potencial energético.


A 7ª Cimeira e Exposição de Gás e Energia de Moçambique, que tem a duração de dois dias, decorre no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo, juntando representantes da indústria energética nacional e internacional para discutir políticas, desenvolvimentos de projectos, e transição energética em Moçambique.


Depois da abertura do evento, Filipe Nyusi reuniu, em privado, com representantes das petrolíferas ENI, Exxon Mobil, e TotalEnergies.