Guterres: Mundo enfrenta emergência nos oceanos
O Secretário-Geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, considera o momento actual como sendo de “emergência para os oceanos”.
O Secretário-Geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, considera o momento actual como sendo de “emergência para os oceanos”.
A declaração foi feita segunda-feira (27) na abertura oficial da segunda edição da conferência da ONU para os oceanos que decorre na capital portuguesa, Lisboa.
Segundo Guterres “infelizmente, tomámos os oceanos como garantidos e, hoje, enfrentamos o que chamaria de emergência nos oceanos”.
“Temos de inverter a maré. Oceanos saudáveis e produtivos são vitais para o nosso futuro comum”, afirmou.
Guterres anunciou a eleição de Portugal e do Quénia para liderarem a busca de soluções para a conservação dos oceanos, mares e recursos marítimos.
Em jeito de agradecimento, o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou o seu comprometimento com o objectivo 14 da ONU que, essencialmente, assenta na protecção do mar e vida marinha.
“Portugal foi, no passado, hoje, e será, no futuro, a plataforma que liga os oceanos aos continentes, culturas e civilizações”, destacou o estadista português.
Prometeu trabalhar lado-a-lado com o seu homólogo do Quénia na prevenção e redução significativa da poluição marítima, de todos os tipos, especialmente a que advém de actividades terrestres, incluindo detritos marinhos e poluição por nutrientes.
O presidente do Quénia, por sua vez, quer que da conferência saiam soluções práticas e implementáveis nos mais de 142 países participantes.
“Esperamos que desta conferência saiam propostas e dessas propostas acções concretas baseadas na ciência, na tecnologia e inovações que tragam soluções capazes de gerar efeitos positivos relativamente às mudanças climáticas e a poluição”, disse Uhuru Kenyatta.
Acrescentou que “queremos ter uma ideia clara sobre as formas de investir e financiar a protecção dos oceanos e recursos do mar”.
A cerimónia de abertura da Conferência das Nações Unidas para os Oceanos elegeu Moçambique e Angola como representantes de África na vice-presidência do comité geral das nações unidas neste encontro, a par de outros 11 países da Europa, Ásia e América.
De hoje até 01 de Julho 25 Chefes de Estado e milhares de participantes, incluindo empresários, jovens, influenciadores e cientistas darão o seu contributo para o alcance das metas pré- definidas no objectivo 14 das nações unidas com vista a restaurar, conservar e explorar os oceanos de modo sustentável, no âmbito da Agenda 2030 e no Acordo de Paris para as alterações climáticas.