Insólito: Renamo vai iniciar campanha eleitoral sem Ossufo Momade
A Renamo, a segunda maior força política de oposição em Moçambique, vai abrir a sua campanha eleitoral sem a presença do presidente do partido e candidato à presidência da república, Ossufo Momade.
A informação foi confirmada à TORRE.News por fontes dentro do partido, que revelaram que Momade se encontra fora do país, "a cumprir outras agendas", em vésperas do arranque oficial da campanha, previsto para amanhã, dia 24.
Esta revelação desfez as dúvidas que circulavam sobre a participação de Momade no lançamento da campanha eleitoral, uma ausência que tem gerado controvérsia e alimentado especulações na opinião pública.
A ideia de que Momade estaria deliberadamente a afastar-se da campanha, possivelmente por influência externa, tem sido discutida, reforçando teorias de que o líder da Renamo teria sido pago para diminuir a sua participação, enfraquecendo assim a ameaça que o partido poderia representar nas eleições de 09 de Outubro.
Com a ausência de Momade, o lançamento da campanha será conduzido pela secretária-geral do partido, Clementina Bomba, que assumirá as responsabilidades políticas do partido ao mais alto nível até ao retorno de Momade.
Segundo informações apuradas pela TORRE.News, Bomba iniciará as actividades da campanha na cidade de Quelimane e, posteriormente, deslocar-se-á para os distritos da Zambézia.
A situação tem levantado questões sobre a organização interna da Renamo e sobre as razões que poderiam justificar a ausência de Momade num momento tão crucial. Recentemente, o deputado da Renamo, António Muchanga, propôs-se a ser o porta-voz de Ossufo Momade, numa tentativa de manter a visibilidade do líder do partido, que tem estado ausente da esfera pública, enquanto os outros candidatos intensificam as suas actividades de pré-campanha.
Com o início da campanha sem a presença do seu líder, a Renamo enfrenta um desafio significativo na mobilização dos seus apoiantes e na definição clara da sua estratégia eleitoral, enquanto as agendas de Ossufo Momade fora do país continuam a suscitar dúvidas e incertezas.