Papa Francisco insiste em autorizar benção a casamento entre pessoas do mesmo sexo desde 2020
O lider da Igreja Católica, Papa Francisco, escandalizou o mundo ao autorizar que os padres da Igreja Católica podem abençoar casamento entre casais do mesmo sexo, uma medida que vai contra a doutrina da Igreja que sumo pontífice dirige.
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De acordo com o Vaticano, a decisão proferida a 18 de Dezembro de 2023 é mais um movimento do papa Francisco de aproximar a Igreja Católica do público LGBTQIA+.
No entanto, o esfoço do Santo Padre da Igrea Catolica em unir pessoas do memso sexo não começa apenas em Dezembro de 2023.
Em Outubro do mesmo ano, o Papa Francisco sugeriu a possibilidade de dar bênçãos a casais do mesmo sexo “caso não se confundam com casamento sacramental”, afirmando que os padres não se podem tornar juízes.
Em 2020, o Papa terá expressado, em entrevista dada em Roma ao documentario "Francesco", o seu favoritismo a união de pessoas do mesmo sexo.
Porém, pouco tempo depois, o Vaticano veiu ao publico dizer que o que o papa Francisco disse foi que era favoravél à união civil entre pessoas do mesmo sexo apenas do ponto de vista legal.
“As declarações foram tiradas de contexto e não mudam a posição da Igreja — que considera as relações homossexuais como pecado e não reconhece o casamento homoafectivo”, lê-se na nota da Santa Sé, emitida depois das convulsões geradas pela posição do Papa.
No entanto, em 2023, o Papa volta com a mesma posição desmentida em 2020, embora introduzindo novos métodos de procedimento. É que, segundo a nova lei histórica, “pela medida, padres católicos romanos podem abençoar casais homossexuais apenas se quiserem”.
Acrescenta que eles (os padres) terão a prerrogativa de se negar a fazer a cerimônia, sem qualquer justificativa.
A luz deste acrescimo, os bispos de alguns países do mundo, incluindo Mocambique, Angola e São Tomé e Principe, decidiram que não vão abençoar casamento de pessoas do mesmo sexo, acrescentando que a doutrina familiar da igreja mantem-se inalterada.
"Nós, os bispos, decidimos que em Moçambique não se dê bênção a uniões irregulares e uniões do mesmo sexo. Que o modelo de Igreja Família de Deus continue a ser o que inspira o nosso ser Igreja em Moçambique, e que Maria, Rainha da Família, guie e proteja as nossas famílias", le-se no comunicado emitido pelos bispos de Moçambique, através da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM).
Já a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), que representa os bispos dos dois países, anunciou uma revolta aberta contra o Papa Francisco afirmando, em comunicado, que não irão abençoar “casais irregulares”.