Ramaphosa anuncia dois triliões de rands para criar empregos para jovens

O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa anunciou quinta-feira (27) que o governo vai injectar cerca de 2 triliões de rand para a criação de emprego para jovens no país.

Maio 2, 2023 - 22:55
Maio 3, 2023 - 04:49
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Ramaphosa anuncia dois triliões de rands para criar empregos para jovens
Ramaphosa

Ramaphosa anunciou o facto em Klerksdorp durante as celebrações do Dia da Liberdade que, anualmente, se assinala a 27 de Abril. Foi nesta data em 1994, que a África do Sul realizou as suas primeiras eleições democráticas.

Ramaphosa convidou as comunidades locais para trabalharem com o governo na resolução dos desafios que o país enfrenta.


'Vamos dar as mãos uns aos outros e construir este país, para ultrapassarmos os desafios que enfrentamos... Estamos nos esforçando para acabar com as restrições no fornecimento de energia eléctrica e criar empregos para que nosso povo trabalhe, e também para acabar com o crime na África do Sul.'


Segundo o portal EWN, a taxa de desemprego na África do Sul situa-se actualmente na ordem de 32,7%.


As comemorações do Dia da Liberdade deste ano foram acolhida com um sentimento misto, com alguns sectores da sociedade a criticar o desempenho do governo.


O Sindicato Nacional dos Metalúrgicos da África do Sul (NUMSA) criticou o ANC por não produzir transformação significativa durante os 29 anos da democracia.


“Abandonou a Carta da Liberdade e fracassou nas políticas económicas neoliberais. Como resultado dessas políticas fracassadas, a África do Sul é a sociedade mais desigual do mundo”.


A Confederação dos Sindicatos Sul Africanos (COSATU) disse que a classe trabalhadora do país foi marginalizada, deixando muitos sul-africanos em dúvida sobre a capacidade do governo.


'Muito mais ainda precisa ser feito por nossos líderes políticos em particular, para garantir que aqueles que estão na base da pirâmide económica também possam desfrutar dos benefícios da liberdade. Nós não seremos livres enquanto milhões de pessoas tiverem dificuldades para ter três refeições por dia', disse Sizwe Pamla de COSATU.


O sindicato disse que a falta de acesso à terra e a incapacidade do Estado de implementar a reforma agrária retardaram a transformação económica.

EWN/zt