SERNIC ainda sem pistas do empresario dono dos Armazéns Atlântico raptado em Janeiro
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) diz que ainda não sabe em que cativeiro está o dono dos Armazéns Atlântico, empresário raptado a 20 de Janeiro do ano em curso na baixa da Cidade de Maputo.
O porta-voz do SERNIC na Cidade de Maputo disse a jornalistas que há complexidade para o esclarecimento deste tipo legal de crime, uma vez que quem executa o rapto não é o mesmo que transporta a vítima e é diferente do interveniente que fica no cativeiro com a vítima.
Hilário Lole, porta-voz do SERNIC, diz que há esforços com vista a trazer o empresário de 70 anos ao convívio familiar, mas lamenta que não tenha sido resgatado até agora.
“Infelizmente, essa vítima ainda se encontra em cativeiro, mas, conforme referenciamos aqui, temos três indivíduos que, a princípio, são participantes neste caso de raptos e com as informações que vamos colhendo no âmbito das investigações e suas declarações acreditamos que, em breve, podemos chegar ao seu cativeiro”, disse.
Entretanto, o SERNIC, apresentou, esta segunda-feira, dois indivíduos suspeitos de envolvimento na execução do mesmo rapto e num outro ocorrido a 1 de Novembro de 2023.
Lole garante, no entanto, que o SERNIC trabalha para o esclarecimento de todos casos de rapto, e é por isso que foram apresentados os dois indivíduos de 45 e 33 anos de idade, que supostamente estiveram envolvidos na execução de dois raptos. Negam que sejam raptores, mas dizem que conhecem indivíduos envolvidos nos raptos.
“No segundo rapto, de 20 de Janeiro, eu estava cá, mas eu não sei nada de raptos. Eu ligava sempre a um amigo que tem esse comportamento e já esteve peso, e eu liguei insistentemente para ele na quinta feira, porque eu já estava de viagem para a África do Sul”, explicou um dos indiciados.
O outro fez declarações segundo as quais os agentes do SERNIC o detiveram porque interceptaram a sua chamada a conversar com um familiar de um suspeito de raptos.
“Localizaram-me através do meu número e disseram-me que o meu número caiu no telefone dele porque o meu amigo, Anselmo, usou o telefone do irmão para falar comigo, e é esse irmão que é procurado pela Polícia.”
Foram encontrados na posse dos indiciados duas chapas de matrículas de viaturas que alegadamente usavam durante as suas incursões.