Venâncio Mondlane abandona campanha e viaja para África do Sul
Venâncio Mondlane, candidato presidencial pelo Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), surpreendeu ao abandonar a campanha eleitoral logo no seu segundo dia, dirigindo-se para a vizinha África do Sul.
De acordo com informações fornecidas à TORRE.News por uma fonte bem posicionada, a visita de Mondlane vai durar 3 dias e pouco se sabe sobre os objectivos e a agenda desta viagem, mas especula-se que Mondlane esteja em busca de apoio financeiro na diáspora.
A viagem, que ocorre num momento crucial da campanha, tem causado estranheza, considerando a necessidade de presença constante no terreno durante este período eleitoral.
Enquanto Mondlane se encontra fora do país, a campanha do PODEMOS continua num modelo porta-a-porta, sem uma data definida para o seu regresso ao território nacional.
O PODEMOS, partido que suporta Mondlane, recebeu menos de 10 milhões de meticais do orçamento distribuído pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), um valor considerado insuficiente para cobrir as despesas de uma campanha presidencial.
O partido recebeu cerca de 3,2 milhões de meticais para a campanha à Assembleia da República e pouco mais de 5,1 milhões de meticais para as assembleias municipais, totalizando um orçamento de pouco mais de 8 milhões de meticais.
Esta limitação financeira é apontada como um dos factores que podem ter motivado a viagem de Mondlane em busca de apoio externo.
Enquanto isso, outros candidatos, como Daniel Chapo da Frelimo, continuam a sua campanha eleitoral, focando na promoção da união entre o povo e o governo, com o objectivo de construir um Moçambique mais forte e próspero. Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), também lançou a sua campanha na Beira, cidade considerada um bastião do MDM.
Entretanto, o líder da Renamo e candidato presidencial, Ossufo Momade, continua ausente da campanha, e os contornos do seu sumiço permanecem sob investigação pela TORRE.News.