China reduz tarifas para produtos moçambicanos
Parte das exportações moçambicanas para a China passarão a ter, a breve trecho, uma redução significativa dos direitos aduaneiros exigidos para os bens que demandam o mercado do país asiático, ao abrigo de um Acordo de Tratamento Preferencial para Mercadorias Originais de Moçambique, rubricado entre as duas partes.
De acordo com a embaixadora de Moçambique em Beijing, Maria Gustava, o entendimento prevê que os produtos nacionais em causa entrem no mercado chinês com uma redução de 98 por cento das taxas por pagar.
“Faltam os últimos detalhes para a sua implementação, pois o acordo é muito importante porque garante que os produtos moçambicanos entrem no mercado chinês com facilidade. Neste momento, estamos a trabalhar nos aspectos fitossanitários e no registo das empresas que possam exportar para China”, disse.
A diplomata, que falava numa entrevista concedida recentemente ao “Notícias” em Beijing, explicou que Moçambique exporta para China madeira, produtos pesqueiros, mineiros (titânio) e agrícolas (oleaginosas).
Por sua vez, Moçambique importa da China maquinaria, produtos manufaturados, de construção civil, entre outros.
Anotou que, devido à Covid-19, muitos moçambicanos que compravam produtos na China para revender no país tiveram de parar, mas com a reabertura da nação asiática renasceram as esperanças e alguns já retomaram as viagens.
“Queremos mais investimentos na indústria, sobretudo no agro-processamento e nos minérios, pois isso cria emprego. Também precisamos de investimentos nas infra-estruturas, e no desenvolvimento do recurso humano. Esta é a mensagem que temos estado a passar para a contraparte chinesa”, explicou.
(AIM)