CTA reporta perdas de 45 milhões de USD devido as manifestações

Mais de 1200 postos de trabalho estão em risco devido as Manifestações em curso no país, para além de perdas e prejuízos na ordem 45,5 milhões de dólares norte-americanos reportadas pelas empresas moçambicanas. Essa foi a conclusão da Confederação das Associações Económicas (CTA), através do seu presidente, Agostinho Vuma, numa conferência de imprensa realizada hoje em Maputo.

Novembro 12, 2024 - 21:33
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Vuma revelou que os impactos das perdas no PIB totalizaram cerca de 28 mil milhões de meticais (cerca de 2,2 do PIB que colocam em risco a meta do crescimento que o país havia projectado de 5.5%. 
“As vandalizações tiveram cerca de 45,5 milhões de dólares prejuízos e colocam em risco mais de 1 200 postos de trabalho de forma directa devido ao nível de vandalização que essas empresas foram sujeitas” disse. 
Questionado, sobre a queda das projeções de 5.5%, o Agostinho Vuma afirmou que agora projeta-se decréscimo para 2.2% correspondente a 24,2 mil milhões de meticais do valor de PIB. Ainda sobre vandalização da Shoprite assegurou que aquele centro comercial encerrou as actividades para fazer a reposição do stock. 
Segundo o Vuma, as manifestações tem sido um prejuízo para o sector empresarial, que, segundo a fonte, 101 unidades empresariais foram vandalizadas em todo o país com cerca de 86% na província e cidade de Maputo respectivamente. 
Ainda assinala impacto no sector de transportes, partilhando que os operadores da região metropolitana de grande Maputo reportaram perda de receita de 417 milhões de meticais em apenas 10 dias. 

“A introdução de trafego no corredor de Maputo levou a redução de fluxo normal de camiões de uma media diária que tem sido de 1100-1300 camiões e caiu para cerca de 300 camiões por dia” disse. 
Por seu turno, o presidente da (CTA) assegurou que o sector financeiro perdeu a procura pelo crédito, reduzindo a contratação no mercado cambial em 75,3% de uma média de 60 milhões USD que caiu para cerca de 14 milhões USD nos dias 24-23 de outubro passado. 
Dada a actual fase que o país esta a atravessar devido a tensão pós-eleitoral, revelou que foi criado um gabinete para assegurar a continuidade empresarial, desta forma, a CTA criou espécie de gestão de crises para se encarregar em recolher, ouvir o impacto, mapear aquilo que são as ocorrências no terreno sobre o sector empresarial, e, por conseguinte, atribuir as medidas de índole fiscal. 
A nível fiscal a agremiação propôs remover a taxa de IVA no óleo, sabão e açúcar incluindo frango e ovo que são de muito interesse nas camadas mais favorecidas e não. De igual modo Apelou a Isenção de multas e juros por atraso de pagamento. 
Por sua vez prometeu monitorar a área fiscal com diferendo de prazos de pagamentos, a multa e juros e isenção fiscal, simplificação e flexibilização e desembaraço aduaneiro nas principais fronteiras e portos.
Por fim, apelou ao diálogo com as partes envolvidas para célere retoma de estabilidade politica, económica para prossecução dos negócios de modo que o país reúna critérios para sair da Lista Cinzenta.