Ex-presidente sul-coreano enfrenta pena de morte por ameaça à democracia
O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enfrenta acusações de insurreição, abuso de poder e violação dos direitos civis, num caso que poderá resultar em prisão perpétua ou pena de morte. Yoon foi destituído e detido após ter tentado impor a lei marcial em Dezembro de 2024, justificando a medida como necessária para proteger o país de alegadas "ameaças comunistas" provenientes da Coreia do Norte. A tentativa incluiu a dissolução da Assembleia Nacional e a restrição de direitos civis fundamentais, mas foi amplamente condenada pela sociedade civil e pelo Parlamento.

A destituição de Yoon foi aprovada pelo Parlamento em 14 de Dezembro de 2024, desencadeando um processo judicial que culminou na sua prisão em Janeiro de 2025. Segundo as autoridades, a detenção foi necessária para evitar a destruição de provas relacionadas às suas acções, que incluem o uso das Forças Armadas para consolidar o poder e silenciar a oposição política.
O caso gerou forte polarização na sociedade sul-coreana. Manifestantes pró-Yoon têm mobilizado milhares de apoiantes em Seul, denunciando o que consideram uma detenção politicamente motivada. Por outro lado, críticos e organizações civis sublinham que as acções do ex-presidente representaram uma grave ameaça à democracia do país, reforçando a necessidade de um julgamento rigoroso para garantir a responsabilização.
A crise em torno de Yoon Suk Yeol coloca à prova a força das instituições democráticas da Coreia do Sul, bem como a independência do seu sistema judicial. Com o julgamento iminente, o caso poderá marcar um ponto de viragem na história política sul-coreana, destacando o papel do Estado de Direito num momento de profunda divisão política e social.