Falta de fundos ou esquecidos? Mais de 200 polícias recentemente graduados em Matalane não têm condições financeiras para regressar à casa

É mais uma evidência de que as contas públicas em Moçambique estão "vazias", principalmente depois da implementação da Tabela Salarial Única (TSU), onde o Estado passou a ter dificuldade de honrar com os seus compromissos.

Junho 9, 2023 - 21:41
Junho 9, 2023 - 21:50
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É mais uma evidência de que as contas públicas em Moçambique estão "vazias", principalmente depois da implementação da Tabela Salarial Única (TSU), onde o Estado passou a ter dificuldade de honrar com os seus compromissos.

Eis que um grupo de mais de 200 agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) recentemente formados e graduados na Escola Prática da Polícia de Matalane, no distrito de Marracuene, na província de Maputo, encontram-se ainda retidos na escola, tudo porque não possuem condições financeiras para regressar às suas províncias de origem após a formação.   

De acordo com fontes internas, uma das razões é pelo facto da direcção máxima do Comando-Geral da PRM ter garantido ao grupo de agentes recentemente graduados de que iria providenciar todas as condições para que os mesmos retornassem às suas regiões de origem, uma situação que não se verifica desde o passado dia 26 de maio do presente ano.

A situação conforme garantiram várias fontes, já esta deixar os agentes recentemente formados sem chão, uma vez que se esperava que a garantia fosse satisfeita, mas não, enquanto não se disponibiliza as condições, os que conseguem vão retornando para suas residências e os que não tem condições vão continuar no recinto da Escola Prática de Matalane e sem condições condignas de vida e entregues há tudo.

No entanto, durante estes dias, à "Integrity" procurou ouvir a versão das autoridades policiais, tanto no Comando-Geral, como no Ministério do Interior, mas sem sucesso. (Omardine Omar)