Empresários querem reunião para falar sobre raptos mas o Governo ainda não mostra disponibilidade

A Confederação das Associações Económicas (CTA) quer reunir-se com o Governo para falar sobre os raptos, antes de tomar uma posição sobre a nova onda.

Janeiro 24, 2024 - 17:21
Junho 13, 2024 - 10:48
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A CTA adiou ontem, pela segunda vez em dois dias, uma conferência de imprensa que havia convocado para se pronunciar sobre a nova onda de raptos que nos últimos tempos têm atingido as cidades moçambicanas. 

Em declarações à imprensa internacional, a fonte da organização avançou que o adiamento deveu-se à não realização de um encontro com o Governo que iria abordar o impacto daquele tipo de crimes no ambiente de negócios e na economia. 

"É um encontro de rotina com o Governo, mas, face aos desenvolvimentos recentes, seria debatido o impacto dos raptos no clima de negócios e na economia", disse a mesma fonte. 

A reunião com o executivo é importante para que os empresários emitam a sua posição, prosseguiu. A fonte assinalou que a CTA já se pronunciou publicamente sobre as consequências que os raptos estão a provocar nos investimentos e na economia do país. 

Em Novembro, a organização defendeu penas de prisão "mais severas" contra raptores e sem possibilidade de pagamento de caução para travar estes crimes. 

No sábado, um empresário moçambicano, a primeira vítima conhecida de raptos em Moçambique, em 2011, voltou a ser raptado em Maputo, por um grupo de quatro homens que chegou a efetuar vários disparos na via pública, conforme noticiou a Torre.