Governo de Nyusi tenta provar que SUSTENTA funciona

O posto administrativo de Mapinhane, província meridional de Inhambane, conta a partir desta segunda-feira com um Centro de Integrado de Transferência de Tecnologia, que de acordo com o Presidente da República, Filipe Njusi, tem um enorme potencial para galvanizar a produtividade agrícola no quadro do programa SUSTENTA.

Junho 11, 2024 - 11:04
Junho 11, 2024 - 11:07
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Governo de Nyusi tenta provar que SUSTENTA funciona

Essa inauguração surge numa altura em que, o programa SUSTENTA continua alvo de fortes críticas depois do ano passado dois relatórios do Tribunal Administrativo constataram uma gestão danosa de milhões de dólares no Fundo Nacional Desenvolvimento Sustentável (FNDS) onde o projecto está depositado.

“Ciente do desafio desta baixa produtividade, o governo, de forma permanente e incansável, continua a trabalhar para a viabilização de um conjunto de soluções.  E essa é uma delas”, disse o Presidente da República, Filipe Nyusi, que dirigiu a inauguração.  

Explicou que o centro vai permitir que os produtores possam aumentar a sua produção num espaço pequeno e sem muito esforço físico.

“Isto que estamos a fazer aqui é, exactamente, para que no espaço de um hectare no qual, actualmente, produzem uma tonelada e meia, possam produzir mais e com pouco sacrifício”, aclarou.

Segundo Nyusi, os Centros Integrados de Transferência de Tecnologia são um componente importante na visão global do governo, de transformar o sector agrário.

Destacou a importância da investigação para o incremento da produtividade em diferentes pontos do país, no âmbito do projecto Sustenta.

“Estamos a fazer grandes investigações no âmbito da mandioca.  A mandioca deve resistir, deve crescer rápido, mas também os outros fizeram estudos de investigação, por exemplo, para a castanha de caju”, disse.

Acrescentou que a província de Inhambane viu uma fase que ficou convencida que não produzia muito castanha, porém os estudos do solo, ajudaram a apostar na produção de castanha em alguns distritos.

Referiu que o sector agrário é o sustento da empregabilidade e determinante na economia da maioria dos moçambicanos.

Apesar das adversidades que continuam a influenciar a campanha 2023-2024, em particular o fenómeno El Niño, que está a resultar em seca severa e estiagem, bem como ventos fortes e chuvas intensas em algumas zonas, este sector continua a desempenhar um papel-chave no crescimento económico, no sector da agricultura.