INHAMBANE / turismo supera sequelas da crise pandémica

A Província de Inhambane, sul de Moçambique, é a que mais rápido conseguiu superar os impactos negativos gerados pela pandemia da covid-19 no sector de hotelaria e turismo no país.

Novembro 8, 2022 - 16:01
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Conhecida pelo seu potencial turístico, Inhambane conseguiu reafirmar-se como um dos destinos turísticos de eleição a escala mundial, tornando-se um dos sectores económicos mais dinâmicos e de rápido crescimento, através da geração de emprego e promoção desenvolvimento económico local.


Com uma taxa de ocupação de cerca de 70 por cento no último ano e meio, a província de Inhambane assume a liderança comparativamente a outros destinos turísticos como Cabo Delgado, Maputo, Tete e Nampula, com uma taxa de ocupação abaixo de 20 por cento, factor que atrasa a recuperação pós-pandemia.


A recuperação iniciou já em 2020, com o desenho vários pacotes e programas turísticos pelo Governo local em parceria com os operadores do ramo, nomeadamente, festivais de Timbila, Tofo, Barra e outros eventos de cariz cultural, que culminaram com a movimentação de mais de 50 mil passageiros chegados em voos comerciais e privados, números que serão superados este ano.

A província regista no global, uma melhoria significativa na cadeia de valor produtivo de turismo, influenciado por mais de 40 mil dormidas por ano, numa média de permanência de seis dias por cada turista que escala Inhambane para turismo tanto de sol e praia ou do interior.


A informação foi partilhada com a TorreNews, em Inhambane, pelo Director do Instituto Nacional do Turismo (INATUR), Nuno Fortes, a margem da realização do fórum de negócios e investimentos, evento integrado nas actividades do Festival do Tofo que contaram que contou com participação de perto de 20 mil pessoas.


“Há uma melhoria na cadeia de valor produtivo de turismo com um registo de mais de 40 mil dormidas por ano, indicador chave de avaliação do desempenho da hotelaria e turismo”, disse fonte de INATUR.


Referiu que, há uma gama de potencialidades por explorar, apresentando aos investidores a necessidade de construção de um hotel no distrito de Inhassoro, um resort em Vilankulos avaliado em seis milhões de dólares, vários empreendimentos turísticos na ilha de Bazaruto e infra-estruturas para turismo integrado em Pomene.


Para Yassin Amuji, Presidente da Associação de Turismo de Vilankulos e representante da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), no pelouro de turismo, pede uma maior flexibilização na implementação do pacote das medidas de estímulo a economia anunciadas pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi, como forma de incrementar a rápida recuperação dos sectores económicos do país no geral.


Para Yassin, a extensão de vistos de turismo e negócios de 30 para 90 dias é fundamental para o sector, uma vez que vai aumentar a permanência de turistas no país, podendo circular por várias pontos de referência, mas que, na sua óptica tudo dependerá do processo burocrático.


“A nossa preocupação é que já devíamos estar com os pacotes de aceleração económica em funcionamento para tirar vantagens competitivas na região. Os países da região já estão a implementar medidas do género e estão a ganhar vantagens com isso”, disse.


Salienta que o turismo só funciona se houver mobilidade, e apela as autoridades para melhoria de vias de acesso para facilitar a vida dos turistas numa província com 700 quilómetros de costa, quatro áreas de conservação, controlando 60 por cento do turismo nacional.