Investidos 2.2 milhões de dólares para censo da pesca artesanal e aquacultura
O governo e parceiros vão investir um total de 2.2 milhões de dólares para o Censo da Pesca Artesanal e Aquacultura (CEPAA).
A iniciativa visa actualizar e aprimorar as estatísticas de modo a tornar a acção governativa mais incisiva nos desafios do sector.
O CEPAA que arrancou hoje (03), à escala nacional e com duração de 40 dias, vai igualmente permitir uma melhor planificação para a definição de estratégias de intervenção para a promoção do desenvolvimento do país.
Falando hoje (03), no bairro da KaTembe, na cidade de Maputo, a ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Lídia Cardoso disse que o montante vai servir para a execução de todas as actividades afins.
Trata-se da capacitação dos recenseadores para a recolha de dados, compra de equipamento electrónico como “tablets e smartphones”, entre outras.
″O censo envolve muitos recursos uma vez que temos que capacitar as pessoas que vão trabalhar durante todo o processo. Temos que ter equipamentos para fazer os registos, é preciso transporte e combustível para chegar até aos pescadores e aos nossos centros comunitários de pesca”, explicou.
Segundo a ministra, tendo em conta que o último Censo da Pesca Artesanal ocorreu há 10 anos revela, claramente, o estado de desactualização dos dados, considerando a proporção de novos actores e de artes usadas nos últimos anos.
Fora isso, o recenseamento na aquacultura ocorre pela primeira vez o que torna premente modernizar e trazer dados mais fiáveis.
“E neste caso, a nível da pesca e da aquacultura e sendo actividades prioritárias para o governo, é natural que estejamos preocupados em sabermos como é que estamos neste momento uma vez que há 10 anos que não é feito o censo”, salientou.
Vincou que “devemos saber como podemos nos planificar para o futuro com dados estatísticos o mais próximo da realidade”.
Acrescentou que no fim serão produzidos dados sobre a quantidade e a caracterização dos centros de pesca existentes no país, os pescadores e aquacultores envolvidos directa ou indirectamente na actividade pesqueira artesanal e aquícola, bem como o número e a característica das artes e das embarcações de pesca.
Relativamente à província nortenha de Cabo Delgado, assolada pelos ataques terroristas desde Outubro de 2017, a formação para o início do censo arranca no próximo dia 10 deste mês nos distritos onde a situação de segurança regista melhorias.
″O programa para Cabo Delgado vai acontecer também tal como em todo o país mas com um pequeno atraso uma vez que a formação vai iniciar só no dia 10, sendo que nas outras províncias já estamos mais avançados e vamos contemplar as áreas onde é possível fazermos a intervenção”, assegurou.
Por sua vez, os pescadores consideram que o Censo da Pesca Artesanal e Aquacultura vem, realmente, em boa hora, pois o governo poderá recolher seus dados actualizados e satisfazer as suas necessidades.
“Eu gostei da iniciativa do governo em querer saber quantos somos e como é que trabalhamos para quando tivermos algum problema ou preocupação poderemos ser apoiados e protegidos”, afirmou António Dengo.